Na terceira nova era do rádio o poder está na mão do ouvinte

Essa nova etapa foi o tema da palestra do jornalista, radialista e professor Marcus Aurélio de Carvalho, no 14 Congresso Catarinense de Rádio e Televisão.<BR>

12/08/2010

Depois da fase do rádio feito em auditório, seguida pelo avançado de ter o aparelhinho em casa, estamos agora na era do ouvinte como comunicador.
Essa nova etapa foi o tema da palestra do jornalista, radialista e professor Marcus Aurélio de Carvalho, no 14 Congresso Catarinense de Rádio e Televisão promovido ela Acaert.
Marcus Aurélio tem uma experiêencia de quase 30 anos em rádio e, desde o ano 2000, atua como gestor no Sistema Globo de Rádio.
Para ele, o rádio vive a sua terceira grande revolução e a mudança está na relação entre ouvintes e os profissionais do rádio:

"O ouvinte se quiser, se não gostar do que está ouvindo, em casa ele monta a sua própria rádio na internet e transmite. Vivemos num mundo novo, onde a concessão de frequência já não tem tanta relevância, e o nosso papel é atrair essas pessoas e sermos mediadores de um processo em que o ouvinte tanto ouve quanto transmite o seu conteúdo", destacou. 

Para sobreviver, e com sucesso, nesta nova era, em que o ouvinte tambem é o comunicador, acompanhar as transformações históricas e criatividade são fundamentais:

"Ganha o jogo quem entende para onde a história está indo. É o grande momento de tirar o deslumbramento que havia em torno do comunicador, nos temos que ser incisivos no ar, mas não podemos mais ser arrogantes, e entender que o poder agora está na mão do ouvinte. Tem muita gente saudosista, mas eu diria que o que passou foi muito bom, mas eu prefiro acreditar no que ainda pode ser melhor”.

O consultor em projetos de rádio no Brasil e exterior, diz que o rádio é o meio que mais combina com a interatividade, porque foi o primeio meio de comunicação a experientar a interatividade. “Então, não tem meio de comunicação melhor para essa nova era do que o rádio. Porém, muitos radiodifusores não estão entendendo que se a gente não se adaptar, vamos perder esse trem da história e outras mídias vão pegar esse trem”.

Repórter Patrícia Gomes - Rede de Notícias ACAERT - RNA

Foto: Josiele Maria

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