O processo de migração das rádios AM para FM exige atualização da capacidade de recepção dos equipamentos instalados nos novos veículos
29/01/2016O ministro das Comunicações, André Figueiredo, se reuniu nesta quarta-feira (27) com o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), Luiz Moan, em Brasília. Entre outros assuntos que foram abordados no encontro, esteve o pedido do ministro para que as montadoras brasileiras instalem rádios com dial estendido nos veículos a partir de 2017.
Figueiredo debateu o processo de migração das rádios AM para FM, que será iniciado em março deste ano, e a consequente atualização da capacidade de recepção dos equipamentos instalados nos novos veículos, a partir de 2017. Essa mudança será motivada pela realização do switch off (desligamento, em português) do sinal analógico de TV, que alcançará as capitais, e adjacências, até 2018, pois existe limitação de espectro. Com a liberação desses canais, será criado o dial estendido, ou faixa estendida, que vai de 76.1 MHz até 87.5 MHz. Atualmente, as emissoras que operam em FM utilizam canais entre 87.7 MHz até 107.9 FM.
"As grandes regiões metropolitanas não comportam o simulcast (transmissão simultânea). Até 2018, o switch off acontecerá nessas localidades, pois, em janeiro de 2019, o espectro precisa estar limpo para as operadoras de telefonia ampliarem o 4G no Brasil. A partir de março, onde não é necessário estender a faixa, já começará a migração das rádios. Até 2023, alcançaremos a totalidade das emissoras no país. Isso é um passo para a importante a ampliar a evolução tecnológica no país", afirmou André Figueiredo, ao citar os centros de excelência em pesquisas para inovação brasileiros, como a Universidade do Ceará.
Segundo Luiz Moan, a Anfavea já atua em conjunto com a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) para acelerar ao máximo essa migração tecnológica. "Os modelos 2017 já receberão os rádios, que garantem a recepção a faixa estendida", garantiu. "Os automóveis já se comunicam com os smartphones. A conectividade plena é fundamental nos projetos das montadoras. Um exemplo é a possível conexão automática em caso de acidentes. O veículo autônomo também contará, em breve, com a possibilidade de condução automatizada a partir de sensores", acrescentou o presidente, ao destacar que no salão de Detroit, principal feira mundial do setor, a interatividade foi o centro das atenções.
No mundo, a internet das coisas está chegando também aos automóveis. A integração de equipamentos é uma tendência que amplia a experiência dos motoristas e, consequentemente, da qualidade de vida da sociedade.
Repórter: Tudo Rádio.com com informações do om informações do Ministério das Comunicações