Promovida pela AESP, sessão aberta reuniu radiodifusores de todo o Brasil
18/02/2016
O comitê técnico da Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo - AESP realizou na última quarta-feira, 17, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, na capital paulista, uma sessão aberta para discutir a migração das AMs para a faixa FM.
Dezenas de radiodifusores de diferentes regiões do país puderam fazer perguntas e tirar dúvidas sobre o processo de migração. A Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão - ACAERT marcou presença no evento, e foi representada pelo seu vice-presidente regional, Humberto Ohf de Andrade.
A uma semana do início do processo de migração, que começa dia 25 de fevereiro com a abertura do prazo de envio da documentação ao Ministério das Comunicações (para as rádios que estão contempladas no primeiro lote), o encontro promovido pela AESP contou com especialistas que fizeram palestras sobre legislação e critérios técnicos envolvendo a migração.
Humberto Ohf de Andrade (ACAERT) e Paulo Machado de Carvalho Neto (AESP)
O presidente da AESP, Paulo Machado de Carvalho Neto, destacou que o estado de São Paulo deve servir de espelho para o resto do país na questão da migração, especialmente quanto ao uso da faixa estendida (76 – 88 Mhz) que já foi testado em um projeto experimental liderado pela entidade e uma das principais emissoras do país.
"Por um ano testamos a viabilidade da faixa estendida transmitindo de forma experimental o sinal rádio da Jovem Pan na faixa 84,7 Mhz do FM na cidade de SP, esse teste serviu como parâmetro para a indústria que fabrica os equipamentos de radiodifusão e receptores de sinal. O teste vai servir também de referência técnica para Anatel e Minicom" ressalta Carvalho Neto.
eng. Eduardo Cappia, Humberto Ohf de Andrade e Rodrigo Andrade (ex-presidente AESP)
O presidente do comitê técnico da AESP, o engenheiro José Eduardo Cappia, fez uma apresentação esclarecedora ajudando o radiodifusor a entender melhor os detalhes técnicos da migração. (confira AQUI o conteúdo multimídia)
Cappia destacou que 999 emissoras estão aptas a migrar em todo o Brasil, e cerca de 200 processos de migração de rádios do Nordeste brasileiro já estão aprovados. Os boletos de pagamento da adaptação de outorga dessas emissoras devem ser emitidos nos próximos meses, comprovando um esforço do Ministério das Comunicações para que a migração seja uma realidade ainda este ano.
No entanto, Cappia alerta os radiodifusores, especialmente os que têm emissoras contempladas no primeiro, de que o ouvinte ainda não está informado da migração. "Estamos preocupados em nos informar sobre a migração, mas não estamos alertando o nosso ouvinte dessa novidade. É importante já ir avisando o público da mudança, para não perder audiência, principalmente dos jovens".
O vice-presidente da ACAERT, Humberto Ohf de Andrade, considerou o evento muito produtivo e espera poder compartilhar as informações absorvidas com os demais associados da entidade.
No evento, ficou claro que muitas dúvidas dos catarinenses são comuns aos dos demais radiodifusores do país. Por isso, Andrade ressalta que é importante o radiodifusor de Santa Catarina contar com um engenheiro de confiança para poder vencer as questões burocráticas e técnicas relacionadas ao processo de migração.
“Outra questão muito importante é não se preocupar só com a parte técnica, o conteúdo de qualidade também é fundamental, a programação precisa ter uma plástica e uma linguagem compatível com o FM, já que a emissora estará falando com um público mais amplo”, destaca Andrade.
Início da Migração
O processo de migração das primeiras rádios AM para o FM começará na próxima quinta-feira, dia 25, com as emissoras contempladas no primeiro lote da migração e que já foram alocadas na faixa de FM. Essas rádios têm até 90 dias a partir do dia 25 de fevereiro para enviar a documentação exigida ao MiniCom. Em seguida, terão que pagar a taxa de migração – adaptação de outorga - e fazer os investimentos para modernizar a infraestrutura de transmissão. Saiba Mais
As outras emissoras que estão reunidas no lote residual, dependem do desligamento da TV analógica e da liberação dos canais 5 e 6 para que seja possível realocar suas frequências dentro da faixa estendida, conforme os padrões técnicos testados no projeto experimental encabeçado pela AESP na capital paulista.
SAIBA MAIS: leia também a reportagem do Portal Tudo Rádio (AQUI) ou ouça abaixo a reportagem da Rede de Notícias ACAERT.
ACAERT foi representada por seu vice-presidente Humberto Ohf de Andrade
Repórter: Assessoria de Imprensa ACAERT