Kantar Ibope Media atualiza o "Book de Rádio", confira
24/09/2018O rádio continua com um grande alcance nos principais mercados brasileiros e com uma credibilidade de destaque. As afirmações são baseadas no mais recente "Book de Rádio", estudo realizado pelo Kantar Ibope Media que detalha o comportamento do consumo de rádio nas 13 regiões metropolitanas que contam com a pesquisa regular do instituto. Segundo a 5ª edição do estudo anual, o rádio atinge 86% da população dessas regiões e o levantamento aponta ainda que "78% dos entrevistados declararam que o rádio, assim como os demais meios de grande alcance, é fonte de notícias confiáveis". Acompanhe:
Jovem, influente e conectado
Em relação ao alcance, ou seja, no total da população atingida pelo rádio nessas 13 regiões metropolitanas (consideradas as principais do país em população e em influencia econômica), o Book de Rádio aponta que o tempo médio diário dedicado pelo ouvinte à atividade de ouvir rádio é de 4 horas e 40 minutos.
O meio também continua popular entre o público jovem. O destaque está entre aqueles que têm entre 20 e 24 anos: 89% deles escutaram rádio nos últimos 90 dias, segundo o levantamento do Kantar Ibope Media. Esse volume confirma a tendência vista em outros países, como nos Estados Unidos, que apontam uma forte presença jovem no rádio apesar do surgimento de outras plataformas de mídia.
Outro ponto importante destacado pelo Book de Rádio é de que o áudio é uma forma de comunicação presente no cotidiano das pessoas. De acordo com o estudo, 31% da população representada usa algum serviço de streaming para ouvir música. Ao todo, cada ouvinte de streaming dedicou 2h05min por semana a esse serviço. O consumo de rádio na web vai pelo mesmo caminho: o tempo médio diário dedicado às rádios online é de 2h21min, 14 minutos a mais do que a média do mesmo período do ano passado.
Dispositivos (receptores) e locais
O estudo ainda destaca que, entre os ouvintes pesquisados, 85% informaram que ouviram rádio pelo receptor FM/AM comum, 18% pelo celular (streaming ou offline), 4% pelo computador e 5% em outros equipamentos.
E mais: 71% diz ouvir rádio em casa, 21% no carro, 12% no trabalho, 7% no trajeto e 3% em outros locais.
Por praças
O Book também aponta que, entre os 13 mercados em que o levantamento é realizado, Belo Horizonte e Porto Alegre continuam como as áreas metropolitanas onde o rádio tem o seu melhor desempenho em relação ao alcance, superando a casa dos 90%. A Grande Vitória (ES) e a Grande Goiânia (GO) também estão próximas desse número, com 89% de alcance. O estudo aponta, ainda, que a Grande Goiânia continua como o mercado que passa mais tempo escutando rádio diariamente: em média, são 5 horas e 21 minutos dedicados ao meio.
Panoramas regionais
A assessoria do Kantar Ibope Media ainda destacou em comunicado que o Book de Rádio traz informações inéditas sobre o consumo do meio em outras cidades, como Concórdia, município de Santa Catarina, onde os ouvintes dedicaram cerca de 5 horas diárias ao rádio.
"Presente em tantos pontos pelo Brasil, a abrangência do rádio permite que o meio ganhe destaque no planejamento de mídia em mercados locais. O ranking dos 15 maiores anunciantes do meio revela grandes empresas locais investindo em rádio, como Supermercado Guanabara e Laticínios Pereira. No 1º semestre de 2018, o meio recebeu investimento de 7.987 anunciantes, sendo 49% destes exclusivos, ou seja, marcas que investiram apenas em rádio. De janeiro a junho, foram ao ar mais de 3 milhões de inserções publicitárias no meio", destaca o levantamento.
"Em um ambiente de consumo de mídia cada vez mais fragmentado, o investimento cross-mídia é essencial. O rádio combinado a outros meios potencializa o alcance do plano de mídia. Entre os 30 maiores anunciantes do meio rádio, 63% investiram em 6 meios ou mais", comenta Rita Romero, diretora de Business Insights and Development da Kantar Ibope Media.
Tem credibilidade
O Trust in News, estudo da Kantar Ibope Media sobre notícias, já apontava a tendência que os veículos de grande alcance são fontes de notícias confiáveis, fator essencial contra a proliferação de notícias falsas (popularizadas pelo termo "fake news"). Sobre o rádio, 78% dos entrevistados declararam que o meio é confiável nesse quesito.
"O atual cenário da nossa sociedade facilita a difusão de notícias falsas e a disseminação de temas que influenciam processos políticos e sociais pelo mundo inteiro. Ter acesso a informações com credibilidade se torna uma vantagem. Neste momento, a agilidade e a simplicidade do rádio se tornam grandes aliadas do meio. 83% dos entrevistados, por exemplo, acreditam que os programas e boletins de rádio são fáceis de entender e 74% que a cobertura jornalística desses programas oferece comentários e análises com profundidade", completa Rita Rometo.
Repórter: Daniel Stark - Tudo Rádio