<IMG alt="" hspace=3 src="http://www.acaert.com.br/images/stories/btn-amc.jpg" align=left vspace=3 border=0>Florianópolis (Central de Notícias Regionais/ADI) ? Um programa de cidadania, que dá subsídios para que a população denuncie quaisquer indícios de fraude nas eleições, deflagrando uma verdadeira guerra contra a corrupção eleitoral. Dessa forma, o presidente da Associação Catarinense dos Magistrados Catarinenses (AMC), juiz José Agenor de Aragão, descreveu os objetivos da campanha ?Operação Eleições Limpas?, lançada no dia 28/08 na sede da entidade, em Florianópolis.
29/08/2006A cartilha, elaborada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), reflete a luta dos juízes pela ética na política. O material explica, em 20 pontos, as principais regras sobre recebimento e gastos de recursos em campanhas eleitorais que devem observados pelos candidatos e fiscalizados pela população. Os exemplares serão distribuídos a todos os Fóruns e à imprensa. Uma versão em quadrinhos da cartilha também foi elaborada para ser distribuída nas escolas, conscientizando desde cedo as crianças sobre as condutas éticas e transparentes, para que elas saibam cobrar esses comportamentos. O conteúdo da cartilha também integra o Manual das Eleições 2006 da Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert), encaminhado a todas as emissoras de rádio e tevê filiadas à entidade. O presidente da AMB, Rodrigo Collaço, relembrou que a campanha surgiu motivada pelos escândalos do mensalão, quando políticos atuaram mediante pagamento. Ele destacou que é preciso ?acabar com o país do faz de contas?, o que ficava evidente na prestação de contas dos candidatos. O lançamento da cartilha foi prestigiado pelo presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Pedro Manoel Abreu; pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Orli de Ataíde Rodrigues, e pelo presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Gilson Otávio dos Santos.
Debate sobre o quadro político atual - Aproveitando o lançamento da ?Operação Eleições Limpas?, a AMC promoveu palestra com o jornalista Paulo Markun, presidente do Sindicato da Industrial de Audiovisuais de Santa Catarina e apresentador do programa Roda Viva, da TV Cultura/SP. O debatedor foi o jornalista Moacir Pereira, presidente da Associação Catarinense de Imprensa (ACI). Paulo Markun, destacando acreditar ainda na existência de ?caixa 2? no financiamento de campanhas, disse que não ?basta saber em que não votar, é preciso saber em quem votar?. Ele defendeu maior espaço para a divulgação dos candidatos na proporcional, ?porque muita coisa depende do legislativo?, enfatizou, temendo um ?Congresso pior que este que envergonha o país?. Para ele, que criticou a atual apatia da população e, principalmente, da juventude, a ?política não é algo de que necessariamente se goste, mas é relevante?.
O representante da imprensa catarinense, Moacir Pereira, reforçando as palavras de Markun, ressaltou sua perplexidade diante da impunidade, apesar das denúncias, e fez críticas ao presidente Lula que ?se solidariza com o crime?, quando chama investigados de amigos e tenta lhes dar tranqüilidade para superar os acontecimentos. Moacir também defendeu maior espaço para os candidatos da proporcional, e, como Markun, a redução do número de partidos, muitos deles, sem o mínimo de estruturam, desconhecidos e que inviabilizam o debate.