Como a nova tecnologia vai impactar na rotina das emissoras de Rádio e Televisão. A RNA ouviu o MCom, Abert, VP ACAERT e especialistas sobre o assunto
26/04/2021Imagina uma pessoa baixando um filme em três segundos. Veículos autônomos, cidades inteligentes, telemedicina, ambientes de casa e do trabalho conectados totalmente à internet. Tudo combinado com big data e inteligência artificial. Essa realidade está próxima dos brasileiros com a chegada do 5G, o padrão de tecnologia de quinta geração para redes móveis e de banda larga. O edital para o leilão, que definirá a empresa que ficará responsável pela implantação do 5G no país, já está sendo analisado pelo Tribunal de Contas da União – TCU. A intenção do governo federal é promover o leilão em julho deste ano.
Para o diretor-geral da DITEC, empresa do Grupo SCC, Fernando
Gomes de Oliveira, o 5G é uma grande oportunidade para todo o processo de
produção e distribuição de conteúdo. “Tem o potencial de mudar completamente o
fluxo do audiovisual, desde a sua captura, passando pela produção, inclusão de
serviços, distribuição, interatividade, consumo e imersão, proporcionando uma
experiência completamente diferente ao telespectador. Caberá a nós,
profissionais da área, sermos criativos no uso dessa nova possibilidade e
fortalecer ainda mais a posição da radiodifusão”.
O vice-presidente de Inovação e Competitividade da ACAERT,
Roberto Dimas do Amaral, acredita que a nova tecnologia obrigará, mais uma vez,
o rádio e a tv a se reinventarem. “Teremos a possibilidade de transmissão dos
sinais da tv e do rádio pelo 5G, que terá mais qualidade. Vai dar para fazer
transmissões ao vivo de qualquer lugar numa qualidade superior. Pode-se ter
outras possibilidades, como alguma questão de vídeo, de conteúdo, de youtube. A
radiodifusão vai ter que se reinventar, como sempre se reinventou”.
O consultor e professor Fernando Morgado vai mais além nas previsões. A nova tecnologia vai aprofundar a chamada internet das coisas, com os aparelhos de casa e do trabalho conectados à internet. “E com mais aparelhos conectados, mais espaços na rotina de audiência podem ser conquistados pelas produtoras de conteúdo, como as emissoras de rádio e de televisão aberta. Enfim, todos aqueles que produzem conteúdo de qualidade e profissional podem conquistar novos espaços na rotina do público porque mais aparelhos estarão conectados”. Morgado completa. “Agora, é fundamental que as emissoras também repensem a forma como produzem, embalam e difundem esses conteúdos. Para que, de fato, consumir tudo isso se torne ainda mais confortável e atraente no momento em que a concorrência cresce de maneira exponencial”.
Para o jornalista Daniel Starck, do portal TudoRádio.com, um dos desafios da radiodifusão é ampliar a relevância nos aplicativos. “As possibilidades são inúmeras para a radiodifusão. Desde o consumo de mídia, na entrega. As emissoras vão ganhar importância nos aplicativos, no streaming, que é a base de tudo, onde se propafa o conteúdo linear. Vai aumentar possivelmente em consumo, que terá que ser fácil, apresentável e em todos os lugares. Muito muda no dia-a-dia da rádio, inclusive para ela gerar esse conteúdo. Poder utilizar mais inteligência artificial e melhorar seus processos”.
Repórter: Assessoria de Imprensa