5G: Embratel está preparada para a migração das parabólicas de Banda C

Operadora é a principal provedora de serviços de satélite para as empresas de radiodifusão

27/07/2021

A Embratel, principal provedora de serviços de satélite para as empresas de radiodifusão do país desde a construção da estação terrena de satélites em Tanguá em 1968, emitiu comunicado na última sexta (23). Ela afirma estar pronta para a futura migração dos sinais abertos para as parabólicas da Banda C para a Banda Ku. Tal migração é política pública prevista no edital do leilão de 5G, a ser realizado ainda este ano pela Anatel.



(Crédito: telesíntese)

A operadora já atende os radiodifusores por meio de sua frota de satélites em Banda C, especialmente na principal posição orbital brasileira de 70ºW, onde está localizado o Star One C2. Por meio desse satélite, mais de 20 milhões de lares recebem hoje os sinais abertos de televisão, onde apenas a recepção via satélite está disponível. Com a chegada do 5G, está previsto que todas essas parabólicas migrem para outra faixa de frequência: a Banda Ku.


Com o lançamento do satélite Star One D2 nessa semana, a operadora terá mais transponders (receptores e transmissores de sinais) na Banda Ku para a demanda crescente.


Em 1985 a Embratel lançou o primeiro satélite brasileiro de telecomunicações, o Brasilsat A1, responsável por revolucionar as telecomunicações brasileiras. Por meio desse satélite, lançado da base de Kourou, na Guiana Francesa, a Embratel colocou em operação o SBTS – Sistema Brasileiro de Telecomunicações por Satélite. Essa foi a primeira rede de satélites domésticos de telecomunicações da América Latina, permitindo ao Brasil autonomia nas comunicações em ampla escala.

Em seus mais de 50 anos de existência, a Embratel lançou onze satélites e operou com diferentes Bandas. É hoje a maior operadora de satélites GEO do Brasil e da América Latina. A frota em órbita inclui os satélites Star One D1, C1, C2, C3 e C4. O centro de controle fica no Brasil.

A rede de satélites da Embratel viabilizou a transmissão da primeira Copa do Mundo a cores para milhões de brasileiros, em 1970, e fez parte da rede de transmissão dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, além de outras importantes competições, como Jogos Pan-Americanos, Fórmula 1, Rio Open, gosta de lembrar a empresa.

O próximo satélite a entrar em órbita, o Star One D2, terá uma potência estimada de 19,3 KW e massa de lançamento de 7 toneladas. Terá 28 transponders em Banda C, 24 transponders em Banda Ku, um payload em Banda Ka, além de Banda X para uso militar. As capacidades serão direcionadas para atendimento ao parque de parabólicas, TV por Assinatura, backhaul de telefonia celular, dados, vídeo e Internet de clientes corporativos e órgãos do Governo.

A qualidade da Embratel no fornecimento de capacidade satelital se estende ao controle e monitoramento dos satélites. O Teleporto de Guaratiba, de onde os satélites são controlados, está localizado no Rio de Janeiro e é um dos maiores da América Latina. O Teleporto de Tanguá, por sua vez, abriga as redundâncias do centro de controle dos satélites e também das subidas de sinais de televisão em Banda Ku.

A Embratel é o único operador de satélites brasileiro que possui um Centro de Controle de Satélites, operando desde 1983, com total redundância geográfica e autonomia operacional dentro do Brasil. O sistema de controle é operado de forma totalmente autônoma.

 


Repórter: TeleSíntese

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