No Seminário Políticas de (Tele) Comunicações, representantes do governo e da radiodifusão debateram os projetos prioritários do setor e fizeram uma projeção para o ano
16/02/2022Durante o Seminário Políticas de (Tele) Comunicações, realizado pelo portal Teletime, em parceria com o Centro de Estudos de Políticas de Comunicação da Universidade de Brasília (CCOM/ UNB), na terça-feira (15), representantes do governo e da radiodifusão debateram os projetos prioritários do setor e fizeram uma projeção para o ano.
No painel “Revisão da agenda para 2022”, o secretário de Radiodifusão do Ministério das Comunicações (MCom), Maximiliano Martinhão, destacou as políticas públicas desenvolvidas pela área, como a expansão da TV digital em todo país, por meio do programa Digitaliza Brasil, o avanço da chamada TV 3.0, que, segundo ele, poderá iniciar suas transmissões em 2024, e a migração da TVRO da banda C para a Ku.
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Martinhão se mostrou otimista em relação ao processo de liberação da faixa 3,5 GHz, necessária para dar início ao processo de limpeza do espectro e implantação do 5G e os trabalhos desenvolvidos pelo Gaispi (Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz)."Estamos indo muito bem nesse processo. Os grupos do Gaispi estão avançando e acredito sim, que é possível acelerar", afirmou.
O secretário listou ainda projetos importantes para o rádio, como, por exemplo, a ativação do chip FM no celular, a migração da faixa AM para FM, a implantação da faixa estendida FM 2.0, e lembrou do centenário do rádio no Brasil. “No campo da radiodifusão, esse será um ano marcante por dois motivos: o primeiro, é a celebração dos 60 anos do Código Brasileiro de Telecomunicações, que é o marco do desenvolvimento da radiodifusão no Brasil, e também pelas comemorações dos 100 anos do rádio no país”.
O superintendente de Fiscalização e presidente substituto da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Wilson Wellisch, destacou pontos do edital do 5G e do regulamento de exploração de satélites no Brasil.
Convidado para debater a agenda do setor, o presidente da ABERT, Flávio Lara Resende, enfatizou a importância da migração da TVRO para a Banda Ku, e lembrou do chamamento público para as emissoras interessadas em fazer a mudança.
Lara Resende destacou ainda a revolução tecnológica promovida pela TV 3.0, o programa Digitaliza Brasil e o PL das Fake News, que prevê uma contrapartida financeira pela divulgação de conteúdos jornalísticos pelas plataformas digitais. “Entendemos haver espaço para o prosseguimento de nossa agenda estratégica, que tem por prioridade a redução da assimetria regulatória e a inclusão definitiva da radiodifusão em projetos com foco em inovação e tecnologia”, afirmou.
O presidente da ABERT enfatizou também a programação especial para celebrar o centenário do rádio, com eventos regionais que contarão com a participação das associações estaduais. “Teremos ainda o Congresso Brasileiro de Radiodifusão, em novembro, que será especial por comemorar os 60 anos da ABERT”.
Também participaram do debate o presidente da Conexis Brasil Digital, Marcos Ferrari, e o presidente-executivo da Telcomp, Luiz Henrique Barbosa.
Repórter: ABERT