Ministro das Comunicações fala em necessidade de mais prazo para as operadoras levarem 5G a todas as capitais. Edital do leilão tem mecanismo para autorizar prorrogações dos compromissos
24/02/2022Ministro das Comunicações fala sobre o 5G na CEO Conference, organizado pelo banco BTG Pactual.
O Ministério das Comunicações (MCom) já cogita um atraso de dois meses para que o 5G na faixa de 3,5 GHz chegue a todas as capitais do país. Durante evento nesta quarta-feira, 23, o ministro Fábio Faria ressaltou que o cronograma da Anatel prevê a possibilidade de dar às empresas mais tempo para ativarem a rede.
Segundo ele, o leilão do tipo arrecadatório permitiu ao governo impor obrigações de instalação de 5G em todas as cidades e em diversas localidades do país que talvez não recebessem a tecnologia.
“Por isso [com leilão não arrecadatório] garantimos que todas as localidades e cidades receberão 5G, começando esse ano em julho, com 5G total nas capitais, o que tem um prazo máximo até setembro [para ser concluído]”, comentou o chefe do MCom sobre cobrir as capitais com 5G durante o evento CEO Conference, organizado pelo banco BTG Pactual.
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Pelo cronograma definido pela Anatel no edital do leilão 5G, as empresas devem ativar a rede 5G SA nas capitais até 31 de junho. Mas há abertura para dilação do prazo. Para isso, as operadoras precisam explicar ao Gaispi, o grupo que coordena o cumprimento das obrigações relacionadas à faixa de 3,5 GHz, as razões para não conseguir ligar o 5G até junho. O grupo então encaminha o pedido para votação do Conselho Diretor da agência. O prazo, conforme o edital do leilão, pode correr então 60 dias, e ainda uma segunda vez, por mais 60 dias.
Participaram do painel, além de Farias, Ailton Santos, CEO da Nokia Brasil; Alberto Griselli, CEO da TIM Brasil; e Marcelo Motta, Head de Soluções e Cibersegurança da Huawei América Latina.
Modelo do leilão
Durante o evento, Faria ressaltou outras vantagens do modelo de leilão escolhido pelo Brasil. Além de levar 5G a localidades e todas as cidades, terá implementação mais rápida do que em país que optaram pelo modelo arrecadatório.
Ele comparou o resultado obtido até aqui com o da Itália. “Lá, o dinheiro arrecadado, que seria para o setor de comunicações, usaram para o combate ao Covid. Com isso, a implantação do 5G deles está bem lenta”, falou.
Repórter: TeleSíntese