Em documento aos candidatos à presidência da República, associação diz que enxerga “a necessidade de execução de uma agenda político regulatória, nos próximos 4 anos”
11/08/2022
A Abes subdivide o eixo denominado Economia em outros seis:
Aqui, a associação pede aperfeiçoamento da Reforma
Trabalhista de modo a estimular a geração de empregos, a retenção de mão de
obra qualificada e a regulação do teletrabalho; desoneração da folha em caráter
permanente, com a perpetuação da Contribuição Previdenciária sobre a Receita
Bruta (CPRB); e atenção às práticas de contratação irregular de profissionais
brasileiros em território nacional por empresas que operam fora do país.
Simplificação e Segurança Jurídica Tributária
Entram neste item pedidos de promoção de uma Reforma
Tributária que desonere o setor de TICs; segurança jurídica no recolhimento de
impostos de modo a não retroagir tributos, penalizando os empreendedores
brasileiros; e adoção das melhores práticas tributárias da OCDE, em especial, à
adequação ao preço de transferência praticado pelos países-membros e ao regime
tributário adotado para os serviços fornecidos de forma digital.
Solicitações: aperfeiçoamento do Marco Legal das Startups,
principalmente quanto aos ambientes tributário e fiscal; enquadramento das
sociedades anônimas no Simples Nacional até o limite de faturamento; e
tributação das “stock options” somente em caso de ganho de capital e não quando
de sua concessão.
Qualificação e requalificação de mão de obra com foco nas competências digitais
Na proposta, a Abes propõe elaboração e implementação de um agressivo programa de qualificação profissional em TIC para geração de mais de 500 mil novos postos de trabalho no setor até 2025 e 1 milhão até 2027, em parceria com a iniciativa privada. Também sugere que haja adoção de uma política focada de requalificação profissional de trabalhadores atuantes em setores afetados pela automação e a inovação digital. Ainda neste item, pede revisão curricular e implementação de política educacional focada no fortalecimento das disciplinas STEM (matemática, ciência, tecnologia), da lógica, do inglês e do letramento digital, desde o ciclo básico.
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação
A associação resume esta citação em ampliação do
investimento em PD&I dos atuais 1% para cerca de 4 a 5% do PIB, em média,
como já ocorre hoje nas economias mais digitais.
Transformação Digital da Economia Brasileira
Três pedidos / propostas: elaboração de políticas voltadas
para modernização competitiva da indústria brasileira, no âmbito da chamada
Indústria 4.0; políticas de estímulo e incentivo à digitalização e ao
fortalecimento de ecossistemas digitais de setores competitivos da economia
brasileira e das vocações nacionais (agronegócio, indústria extrativa, economia
de baixo carbono, energia limpa, serviços financeiros, biotecnologia, etc);
continuidade e ampliação na implementação do Plano Nacional de Internet das Coisas.
Sobre a proposta para Estado e Cidadania, o documento da Abes vem dividido em mais quatro subitens: Inclusão Digital, Conectividade, Governo Digital e Cidadania. Inclusão digital precisa ser feita com acesso à internet universal e com qualidade, fortalecimento do modelo de governança multissetorial da internet; e promoção de um amplo debate sobre a governança das plataformas digitais, considerando a inovação e a segurança jurídica para provedores de serviço em nuvem, diz a Abes.
implementação e à transferência transfronteiriça de dados.
voluntária e multissetorial; implementação e a adequada
manutenção da Rede Federal de Gestão de Incidentes Cibernéticos,
para aprimorar a prevenção; e fomento de parcerias
público-privadas para avançar na segurança cibernética.
A Associação Brasileira das Empresas de Software, ou Abes,
endereçou nesta quarta, 10, aos candidatos à presidência, proposta de políticas
para a transformação digital no país. No documento, a entidade diz que enxerga
“a necessidade de execução de uma agenda político regulatória, nos próximos 4
anos”.
Sobre Inteligência Artificial, a Abes diz que deve haver
aprimoramento e implementação da Estratégia Brasileira para a Inteligência
Artificial com estímulos para o avanço na pesquisa e adoção da tecnologia, seu
uso responsável e na criação e fortalecimento de ecossistemas inovadores em IA.
Também “estímulo e aprimoramento do debate em torno de um Marco Regulatório
para a IA capaz de trazer segurança jurídica para as organizações, sem prejuízo
para a proteção de direitos fundamentais”.
Integração Internacional é o quarto eixo, que a Abes resume
com três necessidades. A primeira é o protagonismo brasileiro nas instâncias de
discussões multilaterais fortalecido, em especial nos temas que envolvem a nova
economia digital.
Depois vem convergência regulatória e harmonização das leis
e dos regulamentos brasileiros aos já adotados pela OCDE e países com os quais
o Brasil mantém relações comerciais. A associação conclui o documento com a
terceira sugestão para integração internacional: avanço em acordos bilaterais e
regionais de abertura e integração em comércio digital.
Repórter: Telesíntese