Quase metade dos empresários da indústria não conhece o potencial do 5G

Pesquisa é da Confederação Nacional da Indústria - CNI

09/10/2023


 
A baixa implementação do 5G na indústria brasileira pode ter encontrado uma explicação. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta sexta-feira, 6, aponta que 47% dos empresários do setor têm pouco ou nenhum conhecimento sobre a quinta geração móvel. Além disso, o estudo mostra que, entre as empresas que não têm conhecimento sobre o 5G, 79% delas nem sequer discute a tecnologia.

Mesmo entre as que dizem ter muito conhecimento sobre o 5G, o cenário não é dos melhores. Neste caso, 51% dos negócios afirmam não discutir qualquer aspecto a respeito da tecnologia móvel. A pesquisa “Tecnologia 5G no Setor Industrial” aponta que 6% das empresas já contam com rede 5G instalada, 9% têm planos formais de adoção (em execução ou ainda não iniciado) e 28% ainda estão em fase de discussão sobre o tema. Por outro lado, a maioria (54%) não tem qualquer conversa sobre a instalação de uma rede móvel de quinta geração – 2% não souberam responder.

A notícia positiva para as operadoras móveis e fabricantes de equipamentos é que 61% dos empresários da indústria consideram importante ou muito importante implantar a rede 5G em algum momento.

Barreiras de acesso

 O levantamento da CNI indica que a principal barreira para adoção do 5G nas fábricas é a falta de infraestrutura adequada na região – o quesito foi apontado por 64% dos entrevistados. Outras dificuldades apontadas são o custo de soluções e equipamentos para redes privativas 5G (31%), a falta de suporte das operadoras (30%) e o preço cobrado pelo fornecimento e pela manutenção desse tipo de serviço (28%).

Vale destacar que 14% dos empresários ainda citam que há carência de soluções customizadas no mercado. “Os resultados ressaltam a importância da expansão da rede 5G geograficamente. Se a rede ainda não chegou em determinada região, a empresa tem como alternativa a instalação de rede privativa, mas o custo pode ser elevado, porque requer investimento em hardware e conhecimento para administrar”, avalia Samantha Cunha, gerente de Política Industrial da CNI.

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Encomendado pela CNI, o estudo foi realizada pelo Instituto Pesquisa de Reputação e Imagem (IPRI), antigo Instituto FSB Pesquisa. Foram entrevistados, por telefone, entre os dias 8 e 20 de março deste ano, 1.002 executivos que lideram a área de tecnologia de indústrias de pequeno, médio e grande portes. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.

Repórter: Telesíntese

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