Radio ON destaca a multifuncionalidade do rádio em cenários de emergência

Coberturas de crises se tornam rotineiras para rádios; check-lists agora são fundamentais no planejamento

Eventos climáticos extremos estão se intensificando globalmente. Nos EUA, os recentes incêndios em Maui e o furacão na Flórida destacaram o rádio como instrumento vital de segurança pública. No Brasil, chuvas intensas no Sul e a seca recorde na Amazônia reforçam essa narrativa. Em tais situações, o rádio se mostra um aliado crucial, com as emissoras antecipando-se com planejamentos para coberturas, sobretudo quando há prévio conhecimento do evento climático.

Com frequência, o rádio toma a dianteira quando outros meios de comunicação, como internet e telefonia, falham. Graças à sua agilidade e proximidade com as comunidades locais, emerge como fonte confiável. Estações de rádio, Brasil afora, suspendem programações usuais para atualizar o público, estabelecendo conexões sólidas com seus ouvintes.

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Cristiano Stuani sublinhou como a transmissão conjunta via dial e internet foi essencial no apoio à população de Santa Catarina, com o streaming de áudio das emissoras registrando picos de consumo durante crises. Em síntese, utilizar meios digitais amplifica a abrangência jornalística tradicional, garantindo a chegada da informação.

"A união entre rádio e internet se mostra crucial diante das crises atuais, proporcionando uma fonte confiável e acessível de informação ao público. A credibilidade do rádio, aliada à rapidez da internet, cria uma rede sólida de comunicação, essencial para manter a sociedade informada e conectada em tempos desafiadores.", afirma Stuani.

Daniel ecoou este pensamento, destacando que o público busca informação no meio mais acessível, seja um receptor tradicional de rádio ou um dispositivo móvel conectado. Assim, a entrega multiplataforma torna-se essencial, sobretudo quando um dos canais falha devido a problemas técnicos associados à crise.

"Assim como ocorre no dia a dia na estratégia de distribuição de conteúdo de uma emissora de rádio, essas coberturas especiais precisam ser multiplataforma. Isso porque a população servida por ela pode buscar informações de diversas maneiras e em variados dispositivos, optando sempre pelo que estiver mais acessível naquele momento. No entanto, é imprescindível a recepção de rádio via dial, pois ali reside a garantia de entrega do conteúdo quando todos os serviços conectados estão sobrecarregados", completa Starck.

Ambos os debatedores enfatizaram a necessidade de preparativos técnicos. Daniel salientou a importância de tentar ao máximo garantir a transmissão via FM, o streaming ininterrupto, o uso de tecnologias como RDS para alertas e a colaboração do setor para estratégias coesas em cenários adversos.

Emissoras, proativamente, organizam coberturas especiais, priorizando o bem-estar comunitário e antecipando repercussões. Em certos casos, equipes de rádio permanecem ativas por dias, sobretudo durante grandes catástrofes.

O rádio vai além de simplesmente cobrir desastres naturais. Em contextos de conflitos internacionais, dedica-se a contextualizar o cenário, ajudar na localização de cidadãos e fornecer dados vitais, combatendo ainda desinformação propagada online. Segundo os debatedores, empresas de mídia com foco na veracidade são cruciais na triagem de informações, em quaisquer crises.

Para finalizar, o rádio é mais que um informante em crises; é conforto e esperança. Em tempos de turbulência, solidifica-se como refúgio emocional e prático, reafirmando sua relevância na sociedade.

A cada duas semanas, um novo episódio do Rádio ON será lançado no Spotify sempre às quintas-feiras, às 19h00 (horário de Brasília). E no YouTube às 09h00, às sextas-feiras, no canal do tudoradio.com. Ouça o primeiro episódio no player disponível abaixo:

Repórter: Tudoradio.com