TV DIGITAL COMEÇA POR SP NO FINAL DE 2007

<IMG alt="" hspace=3 src="http://www.acaert.com.br/images/stories/acaert-131006-03.jpg" align=left vspace=3 border=0>A TV digital deverá começar a funcionar no final do ano que vem no Brasil. Segundo cronograma divulgado ontem pelo Ministério das Comunicações, as transmissões começam pela região metropolitana de São Paulo, em dezembro de 2007.

13/10/2006

As demais capitais começam as transmissões em dezembro de 2009, e todos os outros municípios, em dezembro de 2013. Inicialmente, as emissoras continuarão usando também o sistema analógico, que só será desligado no final de junho de 2016, sempre segundo o cronograma apresentado ontem.

O ministro Hélio Costa (Comunicações) ressalvou que o cronograma é "conservador" e que a implantação pode até ocorrer antes do previsto. No final de junho deste ano, o governo anunciou oficialmente a escolha do padrão japonês (ISDB) para as transmissões de TV digital, dizendo que ele teria se mostrado tecnicamente mais "robusto" para transmissões para receptores móveis. O padrão era o preferido das emissoras de TV, porque, em tese, torna mais difícil a entrada das empresas de telefonia no mercado televisivo. O padrão japonês disputou com os padrões europeu (DVB) e americano (ATSC). De acordo com o governo brasileiro, o Japão teria se comprometido a estudar a viabilidade da instalação no Brasil de uma fábrica de semicondutores e estaria comprometido com a possibilidade de transferência de tecnologia.

Ontem, o ministro Hélio Costa (Comunicações), ao anunciar o cronograma, disse que o governo federal enviará correspondência ao Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária, órgão que representa os governos estaduais) em que pedirá a redução da alíquota de ICMS (que varia aproximadamente de 10% a 15%) para a importação de equipamentos sem similar nacional que serão usados no processo de digitalização das redes das emissoras. Segundo Costa, o custo de digitalizar as transmissões de uma emissora é de, aproximadamente, US$ 1,6 milhão.

A principal diferença entre a TV digital e a analógica -além da maior definição da imagem e do som- é a capacidade de interação com o telespectador. A interatividade deve transformar o ensino à distância e o comércio de produtos pela TV. Para ter acesso às transmissões digitais, o telespectador tem duas opções: comprar uma TV nova, que já receba o sinal digital, ou comprar um conversor, que o governo estima que custará aproximadamente R$ 100,00. Até o final de junho de 2016, o telespectador que não comprar pelo menos um conversor continuará a ter acesso à programação analógica. Quando o sistema analógico for desligado, para assistir à televisão, será preciso comprar pelo menos o conversor. Hélio Costa avaliou que a mudança terá menor impacto no bolso do telespectador do que a mudança de preto-e-branco para cores, no início dos anos 1970. "O aparelho em cores custava cinco vezes mais que o preto-e-branco", disse o ministro.

Fonte: Folha de São Paulo

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