TV conectada: como junção da televisão à internet muda comportamentos no Brasil

Gabriela Arthur, strategic insights lead do Google Brasil, fala sobre o consumo da CTV

02/10/2024


Gabriela Arthur falou sobre formas de consumos de conteúdo na era da TV conectada (Foto: Imagem Paulista/Edu Lopes)

A strategic insights lead do Google Brasil, Gabriela Arthur, esteve no palco do Maximídia nesta terça-feira, 1, para discutir o poder dos brasileiros em escolher o que consumir na era da TV conectada (CTV), entendendo como as mudanças da tecnologia impactam no comportamento humano.

A TV sempre ocupou um papel central de formação de identidade do brasileiro, orientando rotinas, fomentando tendências, pautando valores e criando um repertório coletivo nacional. Assim, a executiva apontou a chegada da TV conectada como uma revolução silenciosa que mudou o jeito dos brasileiros consumirem conteúdo.

Gabriela mencionou que o diferencial da CTV está na ausência de conexão com uma antena, possibilitando o dispositivo transitar por diferentes cômodos da casa. “Enquanto forma de lazer diferenciada dentro de casa, a televisão é um grande protagonista por ter a capacidade de se transformar e transformar o ambiente”, afirmou.

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Assim, a potência da TV conectada vem da combinação de dois universos poderosos: enquanto o dispositivo traz a sensação de estar em casa com o poder de unir a família ou ter um momento particular, a internet traz acesso a um mundo de possibilidades externas.

O mecanismo expande também o repertório das marcas, que podem trabalhar com a publicidade para influenciar o público.

Entendendo o crescimento das CTVs

Para analisar como se dá o movimento de aderências das CTVs, no começo deste ano, o Google realizou um estudo etnográfico com 150 pessoas nas capitais e no interior dos estados de São Paulo, Pernambuco e Goiás com famílias das classes B e C. A pesquisa da plataforma revelou que a TV conectada à internet é um item indispensável na casa dos brasileiros, que se adaptam para tê-la.

“Constatamos que prezar pela conectividade não se trata de uma atividade urbana, mas sim massiva”, disse Gabriela Arthur. “Ter uma televisão com a impossibilidade de conectá-la à internet a torna inútil.”

Segundo dados da Kantar, em 2023 a penetração de SmartTV nos domicílios brasileiros é de 60%, enquanto 92% das TVs vendidas são conectadas à internet. Com as inúmeras alternativas de streamings para consumo de conteúdo, a empresa de dados ainda indica que o YouTube é definido como a plataforma mais escolhida dentro dos domicílios em 2024.

De acordo com a representante do Google Brasil, a pandemia foi um fator que colaborou fortemente para o crescimento de consumos de CTVs, quando havia tempo disponível para zapear os cardápios das plataformas de streaming e poucos conteúdos ao vivo na TV linear restrita. “O consumo continuou acelerado mesmo depois do período pandêmico, mostrando que isso se tornou um hábito nacional”, pontuou.

Repórter: Meio & Mensagem

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