TV 3.0 deve impactar o mercado publicitário brasileiro e impulsionar a busca por novos formatos

Implementação da tecnologia no Brasil, prevista para iniciar em 2025, promete uma experiência mais imersiva, interativa e personalizada

A chegada da TV 3.0 ao Brasil promete redefinir a forma como a publicidade será veiculada e consumida na televisão aberta. Essa nova geração da TV digital não só aprimora a experiência do telespectador, oferecendo imagem em 4K/8K, som imersivo e maior interatividade, como também inaugura uma nova era para o mercado publicitário, integrando tecnologias avançadas de segmentação de anúncios e personalização de conteúdo.

Publicidade segmentada e novas possibilidades

Uma das grandes inovações da TV 3.0 é a possibilidade de publicidade segmentada. Combinando transmissão tradicional (broadcasting) e conexão à internet (broadband), a nova tecnologia permitirá que anúncios sejam personalizados com base no perfil e nos hábitos de consumo do telespectador.

Diferente do modelo atual, onde a publicidade é exibida de forma genérica para toda a audiência, a TV 3.0 possibilita campanhas altamente direcionadas, ajustando anúncios por localização geográfica, preferências de consumo e até pelo comportamento do usuário diante da TV. Isso representa um salto na eficácia das campanhas publicitárias, aproximando a TV aberta do modelo de anúncios praticado em plataformas digitais e redes sociais.

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Novos formatos publicitários e engajamento

Além da segmentação, a TV 3.0 traz novas oportunidades de formatos publicitários, que podem aumentar o engajamento e a conversão. Algumas das principais inovações incluem:

• Anúncios interativos: O telespectador poderá interagir com propagandas usando o controle remoto, clicando em banners ou participando de enquetes em tempo real.
• Shoppable TV: Compras diretas pela televisão, sem necessidade de recorrer a outro dispositivo.
• Publicidade programática: Semelhante ao que já ocorre no digital, os anúncios serão exibidos dinamicamente, considerando o perfil do usuário e o momento mais oportuno.

Esses novos formatos reforçam a competitividade da TV aberta frente ao streaming e às redes sociais, tornando-a uma alternativa mais atraente para anunciantes e agências.

Oportunidades e desafios

Apesar das vantagens, a transição para a TV 3.0 impõe desafios ao mercado. O padrão ATSC 3.0 exige que emissoras e anunciantes adaptem suas estratégias para se adequar a essa nova realidade. Entre os principais desafios estão:

• Infraestrutura e adaptação: A necessidade de novos equipamentos e ajustes técnicos nas emissoras para suportar a nova tecnologia.
• Privacidade e proteção de dados: A personalização dos anúncios dependerá da coleta e do uso de dados do público, o que exige conformidade com regulações como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
• Educação do mercado: Publicitários e agências precisarão se adaptar aos novos formatos e métricas para criar campanhas eficazes na TV 3.0.

O futuro da publicidade televisiva

Como os leitores da agenTV3 sabem e acompanham, a implementação da TV 3.0 está prevista para começar em 2025, com testes já em andamento em algumas emissoras. A expectativa é que o novo sistema esteja disponível nas principais capitais brasileiras até 2026.

Com interatividade aprimorada, segmentação precisa e novas possibilidades de monetização, a TV 3.0 tem o potencial de transformar o mercado publicitário, tornando a TV aberta tão eficiente e estratégica quanto o ambiente digital. Anunciantes e agências que se anteciparem e ajustarem suas estratégias para essa nova era terão uma vantagem competitiva significativa, explorando formatos inovadores para capturar a atenção do público. O futuro da publicidade televisiva será mais inteligente, envolvente e personalizado – e a TV 3.0 será o motor dessa revolução.

Repórter: Alexandre Gonçalves/ Newsletter agenTV3