agenteGPT – desde março de 2023 compartilhando ideias e experiência de usuário.
27/11/2025
Neste dia 30 de novembro, o ChatGPT completa três anos de existência. A data marca um momento importante não só para a OpenAI, mas para todo o mercado de inteligência artificial generativa, que atravessa um período de intensa disputa e, aparentemente, tensão nos bastidores.
A empresa que criou o ChatGPT chega ao terceiro aniversário de sua inovadora ferramenta de IA buscando fôlego para continuar crescendo em um mercado cada vez mais competitivo. A pressão vem principalmente do Google, que nas últimas semanas voltou a ganhar terreno com a nova versão do Gemini – o Gemini 3 - e sua integração mais ampla à busca [Modo IA], ao Android e aos serviços do Google Workspace. Como mostrei na edição anterior da newsletter, os sinais de uso começam a mostrar novos cenários e o Google já colhe resultados relevantes em tráfego e usuários ativos.
Mas não é só isso.
Nas internas
A OpenAI também estaria atravessando uma crise interna, revelada por uma reportagem do site The Information, que teve acesso a um memorando interno de Sam Altman, CEO da empresa. No texto, Altman admite dificuldades econômicas, alertando a equipe de que o crescimento da receita pode desacelerar drasticamente até 2026. Isso contrasta com o discurso público recente, que projetava uma expansão bilionária para os próximos anos.
No documento obtido pelo The Information, ele também reconhece que o Google está fungando no cangote [palavras minhas] e fazendo um excelente trabalho especialmente no que diz respeito ao pré-treinamento de modelos de linguagem com o Gemini [que o próprio Altman tratou de parabenizar publicamente]. O CEO afirma que os avanços da concorrência representam um risco real para a OpenAI. Altman não esconde que a situação impõe desafios sérios e afirma que, diante da pressão, será necessário fazer apostas muito ambiciosas, ainda que isso signifique ficar “temporariamente para trás”.
Ele também aponta que a maior parte da equipe de pesquisa da OpenAI deve permanecer concentrada no objetivo de alcançar a superinteligência. É um caminho arriscado, mas, segundo Altman, a única forma de competir em um cenário onde o Google tem escala, infraestrutura e canais de distribuição integrados que a OpenAI ainda não consegue igualar.
A carta ainda revela a preocupação da liderança com uma possível perda de engajamento do ChatGPT, ao mesmo tempo em que concorrentes como o próprio Google e a Anthropic avançam em funcionalidades que têm alto potencial de monetização, como automação de design, programação e criação de websites.
O que isso significa para nós, usuários finais?
Com essa “torta de climão” corporativa no aniversário de 3 anos do ChatGPT, a disputa pelo mercado de IA se intensifica. Mas isso não precisa se traduzir, para o usuário, em uma corrida para trocar de ferramenta.
No meu caso, desde novembro de 2022, quando acessei o ChatGPT pela primeira vez, a IA da OpenAI tem sido um parceiro fundamental na minha rotina profissional e no desenvolvimento de um novo momento da minha carreira, turbinando o trabalho de jornalista, mas também abrindo um novo momento com as consultorias e oficinas focadas na minha experiência e abordagem de uso.
Diferente do que outros fazem, tenho o ChatGPT como um verdadeiro cocriador em diversas frentes de trabalho. Ou seja, a IA trabalho com e não para mim, como sempre digo, atuando com consistência e eficiência em tarefas que exigem profundidade, clareza e agilidade.
É com o ChatGPT que:
Essa disputa entre Google e OpenAI, que certamente se intensificará em 2026, deve ser observada, claro. Mas não é, para quem usa IA de forma produtiva e estratégica, motivo para troca imediata. Três anos depois, o ChatGPT segue sendo a ferramenta que mais me ajuda a fazer o que importa e com a qualidade que os outros, por enquanto, ainda não entregam.
Repórter: agenteGPT/ Por Alexandre Gonçalves