<IMG alt="" hspace=2 src="http://www.acaert.com.br/images/stories/foto-rbs-3.jpg" align=left vspace=2 border=0>O começo do século 21 comprova uma provocação lançada na segunda metade do século 20 por observadores da história. Sugeriu-se que a partir de então a política, a economia, a sociologia e as ciências não mais teriam a primazia para que se contasse a evolução da humanidade.
03/09/2007Na mesma hierarquia, para que se compreendesse e relatasse a história, deveria estar a comunicação. Não há mais dúvidas de que é o trânsito da informação que dá forma ao mundo hoje.
A comunicação evoluiu muito nos últimos 50 anos, interferindo em todas as ações humanas, dos mais singelos gestos que alteram a vida do cidadão comum e o cotidiano das pequenas cidades às grandes iniciativas transformadoras das feições mundiais. Um desses gestos singelos se transformou, em meio século, no maior conglomerado multimídia do Sul do Brasil, sem nunca se afastar de suas origens: o Grupo RBS.
A RBS surgiu em 1957, quando um grupo de empresários comprou a Rádio Gaúcha, em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Um deles era Maurício Sirotsky Sobrinho, o filho de imigrantes judeus que aos 14 anos descobrira o talento para a comunicação como locutor de alto-falante em Passo Fundo, na região do Planalto gaúcho. Maurício, consagrado mais tarde como apresentador de programas de auditório, iniciou no dia 31 de agosto de 1957, quando registrou na carteira de trabalho a condição de diretor da Rádio Gaúcha, a construção do Grupo que atua hoje em todas as mídias, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
Maurício Sirotsky com Celly e Tony Campelo em programa da Rádio Gaúcha.
O sonho de Maurício transformou-se em empreendimento empresarial quando, no início dos anos 1960, passou a executar projetos de comunicação ao lado do irmão Jayme Sirotsky. Maurício aplica sua criatividade e ousadia na programação de rádio e TV. Jayme dedica-se à gestão, é o executivo da empresa. No final dos anos 1960, associa-se aos Sirotsky o jornalista Fernando Ernesto Corrêa, que também exerce funções administrativas e de relações institucionais.
Tradição de um vínculo forte com a comunidade
Os veículos da RBS são líderes em todos os segmentos, nos dois estados onde atuam. E todos têm uma marca que os caracterizam desde o tempo em que fazer rádio no Brasil era um atrevimento de sonhadores: o inegociável vínculo comunitário. Nesses 50 anos, tecnologias surgiram e desapareceram. Mudou-se o jeito de fazer jornal, rádio, TV.
A Internet e o celular surgiram e se firmaram como meios de informação e de entretenimento. Começamos com o microfone e chegamos ao computador sem teclado. Mas todas as ditas mídias convencionais sobreviveram e se fortaleceram, contrariando previsões alarmistas que tantas vezes condenaram alguns desses veículos à extinção. O que se vê é a integração, a convergência de meios, sem ameaças à identidade e à vocação de cada um.
Estúdio da TV Gaúcha em 1960.
É assim também na RBS. São 18 emissoras de TV aberta, duas emissoras de TV comunitárias, um canal rural de distribuição nacional, 26 emissoras de rádio, oito jornais, dois portais na Internet e mais de 80 sites de seus veículos e serviços - entre outras empresas e serviços - , com mais de 5,7 mil funcionários no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e em escritórios em outras regiões. A RBS, pioneira em tantas iniciativas no Brasil - uma delas como primeira rede regional de TV do país -, acompanha e absorve inovações, mantém seu olhar nas referências internacionais e investe em talentos. Mas preserva o foco no local, nas expectativas e nas demandas comunitárias.
Fonte: Diário Catarinense