<IMG style="WIDTH: 110px; HEIGHT: 72px" alt="" hspace=3 src="http://www.acaert.com.br/images/stories/btn_brasilia.jpg" align=left vspace=3 border=0>A jornalista Tereza Cruvinel será a presidente da Empresa Brasil de Comunicação, a rede pública de TV que o governo Luiz Inácio Lula da Silva pretende lançar em dezembro. Cruvinel é a principal colunista de política do jornal "O Globo", onde trabalha há mais de 20 anos.
28/09/2007Também faz comentários na Globonews. Ela foi convidada pelo ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Franklin Martins, que também pertenceu à Rede Globo. Ainda não há data para a posse de Cruvinel. Antes de convidá-la, o governo sondou personalidades públicas que não são do ramo jornalístico para comandar a parte operacional da rede de TV. Algumas delas: o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, o cientista Enio Candotti e o ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence. Os três recusaram convites para o posto. Belluzzo aceitou integrar o Conselho Curador, órgão que ficará acima da direção da rede e que dará as diretrizes da TV pública. O governo deseja que ele seja o presidente do Conselho Curador, cargo para o qual haverá eleição entre os conselheiros. Estima-se que poderá haver 20 conselheiros. Após a recusa dos três convidados, o governo se fixou na busca de um jornalista da grande imprensa.
Desde o primeiro mandato, quando a idéia de TV pública já era discutida no Planalto, Cruvinel era cotada para comandar esse projeto. Antes de a sondagem ser feita, o presidente Lula foi informado e aprovou a idéia. Para a direção de jornalismo foi convidada Helena Chagas, que dirigiu a sucursal de Brasília de "O Globo", onde trabalhou com Cruvinel. Ela deixou há pouco a chefia de jornalismo do SBT em Brasília. É colunista de política do "Jornal de Brasília". Cruvinel montará a equipe diretora da rede pública em acordo com Franklin. Essa equipe deverá ter entre cinco e seis diretores. Entre os cotados estão o atual presidente da Radiobras, José Roberto Garcez, e o secretário do audiovisual do Ministério da Cultura, Orlando Salles de Senna, convidado para a área administrativa. Esse corpo diretor prestará contas a um Conselho Curador. Há possibilidade de que exista ainda um conselho administrativo. O governo planeja um orçamento anual de cerca de R$ 350 milhões para a TV -o que corresponde ao montante gasto pela Rede Bandeirantes. Uma operação como a da Rede Globo custa aproximadamente R$ 5 bilhões por ano.
A medida provisória que cria a TV deve ser enviada nos próximos dias ao Congresso. Só depois será publicada a nomeação de Cruvinel, que não quis antecipar seus planos na emissora. Desde o primeiro mandato, Lula e o PT desejam criar uma rede pública de TV, pois avaliam que a grande imprensa não faz uma cobertura isenta. Lula e Franklin têm dito que a rede terá linha editorial independente do governo. A oposição acusa o governo de tentar criar uma rede simpática ao PT.