<IMG alt="" hspace=3 src="http://www.acaert.com.br/images/stories/btn_brasilia.jpg" align=left vspace=3 border=0>O Congresso Nacional está na iminência de modificar um velho hábito que perdura há 70 anos na vida dos brasileiros: a Voz do Brasil, que pode mudar de horário.
17/07/2006A Câmara dos Deputados, finalmente, acaba de aprovar a flexibilização do programa, ou seja, as emissoras de rádio poderão escolher, entre 19 a 22 horas, o melhor horário para sua veiculação. Falta, agora, a aprovação do Senado. Na verdade, os radiodifusores, através de suas entidades, como a ABERT e ACAERT, reivindicavam o fim da obrigatoriedade da veiculação da A Voz do Brasil. No entanto, a flexibilização de horário já é um grande avanço, graças em boa parte ao trabalho da Frente Parlamentar da Radiodifusão.
O Programa foi criado numa época que o Brasil contava com uma frágil infra-estrutura de comunicação e a ?Voz? funcionava até mesmo para integrar as regiões brasileiras. Realidade muito diferente da atual, pois, hoje, o serviço de radiodifusão legal cobre praticamente todo o território nacional. O próprio Congresso já possuiu suas emissoras de televisão e rádio, além da internet.
Portanto, o programa passou a ser um entrave na grade de programação das emissoras. E segundo pesquisa realizada pelo Instituto Mapa, 53% dos entrevistados nunca escutam e 29% raramente acompanham o programa. Apenas heróicos 3% disseram que ouvem todos os dias. Por isso, quando entra A Voz do Brasil, as rádios praticamente ?morrem?.
Com a flexibilização do horário, as emissoras poderão continuar a oferecer relevantes serviços ao ouvinte. Nas grandes cidades, por exemplo, é a hora do rush e as dicas de trânsito são fundamentais para quem quer chegar mais cedo em casa.
As transmissões esportivas não precisarão ser mais interrompidas e os departamentos de jornalismo poderão criar novos programas, com mais tempo para as notícias do dia, as análises e comentários. Isso sem falar na prestação de serviço de utilidade pública. Com a liberação deste horário nobre, abre-se ainda uma nova opção de investimento publicitário. Enfim, todos ganham com a medida aprovada pelos parlamentares. A Voz do Brasil não traria saudades, se acabasse.
Ranieri Moacir Bertoli
Presidente da ACAERT