MiniCom pretende retomar estudos para viabilidade da digitalização do FM

O ministério ainda não sabe se para digitalizar será preciso desocupar faixa, por exemplo

29/07/2015

Uma notícia veiculada nesta semana pelo jornal Valor Econômico, informa que o Ministério das Comunicações acionou secretarias e departamentos para que voltem a estudar a Digitalização do rádio FM, tema que o governo guarda na gaveta há cerca de um ano. O ministério ainda não sabe se para digitalizar será preciso desocupar faixa, por exemplo. Mas são esperados benefícios, como ampliação do sinal, qualidade de transmissão e melhor uso do espectro.
 
A matéria teve depoimento do presidente da Associação das Emissoras de Rádio e Televisão de São Paulo (AESP), Paulo Machado de Carvalho Neto, o Paulito, que frisou que a migração das rádios AM para o dial FM não impede o processo da digitalização. “A digitalização ficou em segundo plano por causa da migração (de AM para FM), mas isso não impede a digitalização do FM em transmissão e recepção. Descartar a digitalização é como imaginar o celular no sistema analógico”, disse ao Valor.
 
Em relação à digitalização do rádio, o grupo Globo participou das primeiras experiências com os sistemas no Brasil (IBOC e DRM). “Entendemos que ambos têm prós e contras, estamos acompanhando com atenção os testes e avaliando custos e benefícios”, informou Irene Junqueira, diretora de Negócios Musicais e Mídias Digitais do Sistema Globo de Rádio.
 
Para o grupo Globo, o meio digital pode vir a ser mais relevante do que o próprio rádio digital. “Os aplicativos podem se tornar um substituto natural dos rádios, por exemplo, integrados aos carros e a outros dispositivos conectados. No meio digital é possível trabalhar melhor para adaptar os serviços aos clientes, e o segmento sob demanda ganha força", disse Irene.
 
“O off-line continua sendo importante e ainda tem uma enorme penetração no Brasil, mas podemos observar um grande crescimento no consumo das mídias digitais”, disse a executiva.
 
O líder do Comitê Técnico da AESP e diretor da EMC Telecomunicações, engenheiro Eduardo Cappia, disse ao Tudo Rádio que a digitalização é a evolução do meio, porém, fez uma ressalva. “É a evolução de tudo. Só que o modelo do rádio que conhecemos não é afetado por este ou aquele modelo de digitalização e, sim, pelo conteúdo”, comentou o engenheiro.

Repórter: Tudo Rádio com informações do Valor Econômico

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