Silvano Silva fala sobre o protagonismo do Rádio e da TV no processo eleitoral
29/10/2020Como se sabe, a pandemia da COVID-19 impactou todos os segmentos
econômicos no mundo. Aqui em Santa Catarina não foi diferente para o setor da
comunicação, especialmente de rádio e TV. A crise exigiu uma resposta rápida
por parte dos empresários, cortando custos e planejando bem os investimentos,
mas trouxe também o lado positivo de impor a inovação como uma necessidade para
sobreviver nesse mercado em transformação. Nesse sentido presenciamos uma
aceleração na digitalização dos processos, tanto na produção de conteúdo em
home office como no atendimento aos clientes. Na parte de produtos, surgiram
muitas soluções criativas que adaptaram rapidamente a linguagem do rádio e da
TV ao que pandemia impôs por exigência sanitárias, como por exemplo as lives
com artistas musicais, a promoção de eventos no formato drive-in e participação
de entrevistados a autoridades por ferramentas de videoconferência.
Na questão
editorial, o rádio e a TV assumiram um protagonismo importante na curadoria de
conteúdo sobre as informações da COVID-19. Logo no início da quarentena a
população se viu em meio a outra pandemia: a da desinformação. Nesse
momento os veículos essenciais, como o Rádio e a TV, ampliaram o espaço
dedicado a informar as pessoas corretamente sobre os riscos e a forma mais
eficaz de prevenção ao vírus. Como resultado presenciamos um aumento
significativo no consumo dessas mídias, atestado por diversas pesquisas
publicadas nos últimos meses pela Kantar Ibope Media.
Na parte
comercial, incialmente os veículos tiveram que trabalhar de forma muito próxima
ao mercado, priorizando a retenção dos clientes e deixando a prospecção para o
momento da retomada. A estratégia surtiu efeito, as marcas que não deixaram de
se comunicar na pandemia estão fortalecidas junto aos seus públicos-alvo. Para
atestar isso, a ACAERT promoveu uma pesquisa com importantes setores da
economia, através de entidades representativas, e esse levantamento apontou que
a maioria dos empresários catarinenses (66%) considera que as campanhas e ações
das marcas nesse momento fazem sentido para os clientes.
Acredito
que o momento é de retomada gradual da economia e com isso é importante
destacar que as empresas e agências devem procurar associar as marcas com os
veículos que têm credibilidade e saíram fortalecidos do momento mais crítico da
pandemia. É importante lembrar que nos últimos meses além da crise sanitária do
coronavírus, presenciamos um debate intenso por falta de moderação e ambiência
em determinadas redes sociais, culminando num boicote global sem precedentes na
história. Esse movimento mostra que o consumidor está atento a tudo o que as
marcas fazem, como fazem e onde fazem. E nesse sentido não há mais espaço para
ambientes ou conteúdos que disseminem ou permitam a discriminação e a
desinformação.
Para
finalizar, estamos às vésperas de uma eleição municipal. Momento em que o Rádio
e a TV mais uma vez assumem um protagonismo no processo de informação e
orientação ao eleitor. Para marcas, agências e anunciantes esse é um momento de
reforçar seus propósito e valores junto aos meios que têm um compromisso
fundamental com a sociedade, o de preservar a liberdade e a nossa democracia.
Repórter: Acontecendo Aqui