89% dos compradores de automóveis querem um receptor de rádio como equipamento padrão

Estudo da Edison Research aponta que hegemonia do rádio AM/FM (e digital) em veículos automotivos deve continuar, se o quadro depender do desejo dos consumidores

11/11/2021


Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos revelou que quase todos os compradores de carros querem um receptor de rádio como uma ferramenta padrão dos veículos. O estudo foi realizado pela Edison Research e também aponta que a disponibilidade de rádio tem um grande impacto nas decisões de compra de veículos dos consumidores. Ou seja, 81% dos compradores em potencial nos Estados Unidos estariam menos dispostos a comprar ou alugar um veículo que não esteja equipado com um receptor de rádio.

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Para 89% dos compradores recentes e potenciais de automóveis, os veículos devem contar com um "sintonizador de rádios" disponível, como uma ferramenta padrão. E os 81% da pesquisa é relacionado aos consumidores que afirmam poder rever a decisão de compra ou aluguel caso o receptor esteja ausente do automóvel pretendido. A pesquisa foi encomendada pelo WorldDAB, em parceria com a Radioplayer e patrocinada pela NAB, Commercial Radio Australia e Xperi.

O levantamento também conduziu entrevistas com compradores de automóveis na Austrália, França, Alemanha, Itália e Reino Unido, mercados que são foco da WorldDAB, organização de rádio digital terrestre que recentemente comemorou os números positivos de receptores adquiridos pela população (superou os 110 milhões), mercado que tem novo impulso com as novas regras de inclusão do rádio digital DAB em veículos automotivos, conforme destacado recentemente pelo tudoradio.com.

O levantamento da Edison Research também apontou que entre os recursos de áudio de ajuste padrão mais valorizados em um carro novo, o receptor de rádio via ondas terrestres é classificado como "importante" por 88% dos consumidores, valor que está acima do percentual para a disponibilidade do Bluetooth (classificado como “importante” por 84%), e ainda mais superior à tecnologia de espelhamento do smartphone (o Android Auto é classificado como “importante” por 65% e o Apple CarPlay por 60%).

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A Edison Research também descobriu que o consumo diário de transmissão de rádio entre os motoristas nos Estados Unidos permanece significativamente maior do que para qualquer outra forma de conteúdo de áudio: 54% dos entrevistados afirmam ouvir rádio no carro "com frequência", contra 29% para serviços de streaming de música online e 19% para CDs.

No estudo, 78% dos entrevistados concordam com a seguinte afirmação: “O rádio oferece uma melhor experiência de audição no carro do que outros tipos de fontes de áudio.” Os entrevistados também afirmam que o principal motivo para ouvir é “para obter notícias e informações”, citado por 51%, seguido por “para ouvir as músicas favoritas” (45%).

A Edison Research também descobriu que 91% dos entrevistados afirmaram que é “importante” que o rádio seja ouvido livremente, ou seja, os motoristas se preocupam com custos associados ao conteúdo transmitido, com 71% dos que atualmente ouvem áudio por meio de seus dispositivos móveis dizem que estão “preocupados” com a quantidade de dados que estão usando.

O levantamento também apontou a popularidade dos "comandos de voz" nos automóveis, disponíveis para interfaces de espelhamentos e também nas centrais de multimídia das montadoras, onde, por exemplo, é possível solicitar a sintonia de uma determinada emissora. A “capacidade de pesquisar estações de rádio usando comandos de voz” é a mais popular, mencionada por 56% dos entrevistados, seguida por “fornecimento de informações sobre o conteúdo” (52 %).

(Crédito: Unsplash)

Consumo de rádio segue elevado nos automóveis

O levantamento afirmou que os compradores de carros de hoje nos Estados Unidos continuam consumindo rádio em níveis elevados, com 84% indicando que ouviram na semana passada e 69% afirmando que ouviram pelo menos uma vez por dia. 

O carro também continua sendo o local mais procurado para ouvir rádio nos Estados Unidos, citado em média por 90% dos entrevistados, seguido por 67% que ouvem em casa e 43% que ouvem no trabalho. Prova é que a maior circulação de pessoas no pós fase aguda da covid-19 está fazendo com que o rádio norte-americano recupere os níveis de audiência do período pré-pandemia, como divulgou o tudoradio.com. Vale recordar que no caso brasileiro, o consumo residencial é mais elevado, mas o carro é um importante aliado no consumo de rádio.

“Esta é uma importante pesquisa de consumo cobrindo alguns dos maiores mercados automotivos, mas as atitudes sobre o rádio entre os compradores de carros em todos os países pesquisados foram estranhamente semelhantes”, afirma Tom Webster, vice-presidente sênior da Edison Research, em comunicado que foi repercutido pelo portal norte-americano Inside Radio. 

“Está claro, também, que a transmissão de rádio foi apontada especificamente como uma opção obrigatória. Aproximadamente dois terços dos motoristas em todos os países pesquisados indicaram que 'não ouviriam suas estações de rádio favoritas' se estivessem disponíveis apenas online. Para os consumidores, a disponibilidade de transmissão de rádio gratuita e de fácil acesso como padrão é uma parte essencial do sistema de entretenimento automotivo e parece destinada a permanecer assim", destaca Webster.


Repórter: Tudorádio.com, com informações da Edison Research e do portal Inside Radio

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