Redes sociais: criando conexões com os ouvintes

Promover a troca de experiências, inspirar e criar conteúdos relevantes para a sua audiência nas plataformas de redes sociais, é essencial para criar conexões verdadeiras que gerem resultados positivos para a emissora

01/12/2021

(Crédito: Unsplash)

As redes sociais tendem a aproximar pessoas que têm o mesmo perfil comportamental, e isso pode estar atrelado ao consumo de determinados produtos, frequentar os mesmo lugares, a um gosto musical, ou até mesmo, uma  ideologia ou visão de mundo semelhantes. Os algoritmos das plataformas se encarregam de agrupar essas pessoas, formando comunidades, fazendo com que elas vejam as coisas que mais gostam.

Ou seja, uma comunidade nada mais é do que um grupo de pessoas que está no mesmo ambiente, que compartilha interesses, assuntos em comum, mas que, principalmente, troca experiências entre si. “Trata-se de uma questão do próprio comportamento dos seres humanos, que tendem a se aproximar dos seus iguais. A outra parte, que contribui para a criação de comunidades virtuais, é feita pelos algoritmos”, diz a especialista em redes sociais e negócios on-line, Fernanda Musardo.

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Portanto, promover diálogos significativos e que interessem o público, melhorar o engajamento, criar conteúdo assertivo e estreitar os laços com os ouvintes, é essencial para construir um espaço virtual que propicie conexões verdadeiras que gere o senso de comunidade, de amizade e troca de experiências, para obter resultados efetivos no ambiente virtual.

A especialista destaca que a emissora é o porta-voz oficial de determinada região, isso envolve não apenas toda a questão social e de informação, que já é um trabalho feito pelas rádios, mas inclusive, a questão da representatividade comercial e mercadológica. 

“Hoje, clientes e usuários dão um peso maior para as marcas que se posicionam e dão espaço a temas de importância para os grupos, independente do tamanho desses grupos e do tema, contanto que seja relevante para aquela comunidade”, destaca a especialista.

Para que isso seja possível, é necessário entender os posicionamentos do público potencial e entregar valor para satisfazer os desejos dessas pessoas. Segundo Fernanda, o primeiro passo é identificar o perfil do público e as questões regionais físicas. Muito se fala em cidades, mas é possível pensar também em pequenas comunidades, como os bairros.  

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“A partir disso, é preciso identificar quais são os canais que este público mais utiliza para participar de discussões. Quando você está inserido em uma comunidade, é possível se atentar para as questões comportamentais, e dessa maneira, produzir conteúdos, desenvolver ações, trazer soluções, ampliar discussões, e resolver os problemas levantados pela comunidade”, diz.

Segundo a especialista, outro aspecto importante do Marketing de Comunidade é identificar claramente quem são os agentes de articulação. Ou seja, os usuários que contribuem com as discussões ou pessoas que influenciam e atraem novos usuários para a comunidade.

“A identificação dos agentes de articulação pode vir internamente, podendo ser os próprios comunicadores oficiais da emissora, e também, o público que está fora, mas participa de forma ativa das principais discussões da região”, diz.

Estreitando laços e criando conteúdo relevante

Uma dica, é identificar primeiramente em quais bairros a emissora tem a maior audiência. “Para isso, a rádio pode começar a fazer parte dos grupos das plataformas de redes sociais dos bairros. Posteriormente, é preciso perceber quais são os temas que mais geram engajamento nas redes e no dial, para então, produzir mais conteúdos adicionais relacionados a esses temas”, destaca a especialista.

Outra forma é participar de eventos culturais, fomentar ações, trazer para os ambientes digitais as pautas vinculadas a determinada região, que podem envolver o comércio, leis, educação, saúde, entre outros temas. Além de trazer personagens capazes de solucionar problemas, tirar dúvidas da população e trocar experiências.

Vale também apostar no desenvolvimento de conteúdos relacionados às demandas da comunidade. “Por exemplo, em um determinado bairro existe um grupo de mulheres que estão empreendendo na gastronomia, a rádio pode pensar em conteúdos para ajudar essas mulheres, como informações de cursos, especialistas, criar lives e debates. A emissora identifica as pautas mais importantes e cria o conteúdo, é algo simples que está na essência da rádio”, afirma.

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Para Fernanda, a questão da criatividade é um aspecto que deve ser refletido. Para ela, o básico bem feito todos os dias é o novo avançado e criativo. “As pessoas imaginam algo sensacional, maravilhoso, mas fazer algo que atenda a sua comunidade, seu público, talvez seja suficiente para trazer resultados significativos”.

Texto original disponível aqui.

Repórter: AERP

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