Seguindo tendência de fora, marcas do setor financeiro investem no rádio brasileiro

Um estudo norte-americano já havia mostrado a eficiência do rádio para atingir pessoas interessadas em assuntos e serviços financeiros

14/12/2021

Forte para marcas do varejo e prestação de serviços, o rádio tem experimentado um avanço de marcas do setor financeiro em sua lista de clientes. O processo, que era mais comum em grandes praças, também é percebida em cidades consideradas de porte médio, principalmente em estações que oferecem um público com maior qualificação e em regiões com alguma relevância econômica. Porém esse movimento ainda é tímido, se considerada a grande capacidade do rádio em alavancar serviços e marcas do setor financeiro, algo de conhecimento de compradores de mídia de outros países.

Em um rápido giro pelo dial FM de diferentes regiões, foram percebidas várias marcas do setor financeiro, inclusive algumas que não costumavam estar nos intervalos comerciais das estações, seja por questões de planejamento ou até mesmo pelo tempo de existência desses serviços. Uma delas é a Warren, corretora que tem ampliado a sua mídia em diferentes plataformas, inclusive com forte presença em OOH e agora no rádio. Inicialmente as suas peças foram percebidas em rádios de grandes centros, mas já se espalharam por centros de médio porte.

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Trata-se de um movimento que não é uma novidade, se considerar a presença de bancos tradicionais e cooperativas de crédito, que costumam contar com o rádio em seus planos de mídia. Mas a entrada de mais empresas do setor financeiro pode ser uma estratégia importante para as emissoras de rádio, já que há um crescimento na competitividade desse setor no Brasil. E essas marcas necessitarão de investimentos em veículos de massa.

Marcas como BTG Pactual, C6 Invest, Bradesco, Santander, entre outras, também têm aparecido com frequência nos intervalos comerciais de determinadas emissoras brasileiras. E estações de diferentes formatos têm incrementado a sua oferta de serviços para essas empresas através de programetes especiais, patrocínio de programas e a presença de colunistas / articulistas ligados ao setor financeiro, independente do formato de programação da estação. Marcas como GETNET, que processa pagamentos, é outra empresa que tem ampla presença publicitária no rádio.

Conforme já noticiado anteriormente pelo tudoradio.com, um estudo norte-americano mostrou a eficiência do rádio para atingir pessoas interessadas em assuntos e serviços financeiros, como investimentos e consultorias nesta área. O levantamento conduzido pela MESH Experience e encomendado pela Westwood One revelou que um ouvinte de rádio AM / FM têm três vezes mais chances de estar no mercado financeiro em comparação com público de TV, por exemplo.

A MESH Experience é uma consultoria de dados dos Estados Unidos e, para o estudo, pesquisou 300 indivíduos de ativos de alto investimento financeiro (mais de US $500 mil). E o levantamento mostrou que 73% desse público tem idades entre 35 e 64 anos, 90% estão empregados, 16% são telespectadores assíduos de TV e 52% são ouvintes intensos de rádio AM / FM nos Estados Unidos.

Entre o público com mais de US $500 mil de ativos investidos, a consultoria descobriu que 33% dos ouvintes de rádio AM / FM estão em busca de uma nova empresa ou adicional para realizar novos investimentos. Isso contrasta com 11% dos telespectadores assíduos de TV que estão com essa mesma intenção, segundo o estudo, que foi repercutido pelo tudoradio.com em julho passado.

"Entre o segmento de consumidores de ativos de alto investimento, ouvintes intensos de rádio AM / FM têm duas vezes mais chances de estar empregados do que espectadores intensos de TV", diz Pierre Bouvard, Chief Insights Officer na Cumulus Media.

Repórter: Tudorádio.com

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