O estudo revelou que a maioria dos brasileiros tem o hábito de checar as informações
15/08/2022
Apoiado pelo Google, um estudo inédito do Poynter
Institute e YouGov, realizado em sete países, sendo o Brasil um deles, revelou
que o consumo de informações falsas vem preocupando pessoas em diversas partes
do mundo. Com o intuito de combater essa desinformação e facilitar o acesso a
informações de fontes confiáveis, o Google apresentou no dia 15 de agosto uma série de recursos para dar mais contexto a resultados na busca.
Os
recursos vão permitir encontrar mais rapidamente o perfil da publicação que
aparecer na busca, além de emitir um alerta aos internautas no topo da página
quando houver interesse repentino por notícias de última hora ou assuntos sobre
os quais ainda não há resultados de fontes confiáveis disponíveis na hora da
consulta. Alguns desses recursos estão previstos para chegar ainda neste ano no
Brasil.
Desenvolvidos
a partir de sistemas avançados de refinamento de classificação da busca, como o
MUM (sigla em inglês para Modelo Unificado Multitarefa), que estão ajudando a aumentar
o destaque para os resultados com conteúdos vindos de fontes confiáveis, os
recursos permitirão que as pessoas tenham mais contexto para decidir o que é
mais útil e confiável para a sua pesquisa.
Mais
contexto sobre as fontes
A
função ‘Sobre esta página’, no app do Google, no Brasil, irá oferecer em breve
mais informações sobre a fonte da publicação. Para ativar essa ferramenta, é
preciso deslizar para cima na barra de navegação em qualquer página. O Google
Brasil também irá expandir para a versão em português da busca a função ‘Sobre
este resultado’, que permite obter mais contexto sobre qualquer resultado antes
de visitar a página da web. Além de português, o recurso também terá versões em
mais sete idiomas: alemão, espanhol, francês, holandês, indonésio, italiano e
japonês. Já o recurso ‘Sobre este resultado’ passará a trazer informações sobre
a fonte da publicação, quão amplamente ela circula, suas avaliações online,
mesmo quando os sistemas não conseguirem encontrar muitas informações sobre
ela.
Aviso
para resultados que mudam rapidamente
Entre os recursos que serão lançados pelo Google também há o aviso para resultados que mudam rapidamente. Os sistemas de busca do Google foram aprimorador para identificar momentos quando há o interesse por uma notícia de última hora, que ainda não conta com fontes confiáveis falando sobre aquele assunto. Com isso, a plataforma mostrará um aviso indicando que a melhor alternativa é pesquisar a informação novamente mais tarde, quando provavelmente haverá mais informações confiáveis. Este recurso já está disponível no Brasil e, em breve, os avisos também oferecerão mais contexto para resultados que os sistemas identificam como de baixa qualidade.
Melhorias
na qualidade dos resultados em destaque
Com os novos recursos, quando o sistema de classificação do Google identificar a possibilidade de premissas falsas sobre determinado assunto, o trecho em questão não será mais destacado nos resultados da pesquisa, ou seja, nas caixas descritivas que aparecem na parte superior da página após uma consulta na busca. Isso é possível devido ao modelo de inteligência artificial MUM, que permite ao sistema identificar quando há um consenso sobre o que as fontes confiáveis na internet estão falando de determinado assunto. Este recurso ainda não tem previsão de chegada ao Brasil.
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O
levantamento do Poynter Institute e YouGov mostrou que 44% dos brasileiros
afirmaram acessar todos os dias informações falsas ou deturpadas, já 65%
disseram que se preocupam com que eles ou seus familiares acreditem nesse tipo
de informação. O estudo ainda revelou que a maioria dos brasileiros tem o
hábito de checar as informações que encontram na internet, sendo que 66%
afirmaram checar a fonte, enquanto 59% disseram que verificam a data da
publicação. O Brasil foi ainda o país onde mais respondentes afirmaram usar as
ferramentas de busca para verificar informações suspeitas (55%), ficando à
frente de Nigéria (51%), Estados Unidos (42%), Reino Unido (40%), Índia (38%),
Alemanha (36%) e Japão (13%).
Repórter: Meio & Mensagem