E apenas 0,6% dos clientes móveis desfrutam de velocidades médias de conexão no celular acima de 100 Mbps no país
24/08/2023
O 5G está aí, sendo lançado em novas cidades a cada mês, mas
há ainda uma parcela de brasileiros que dispõe de acesso à internet via banda
larga móvel em velocidades inferiores a 10 Mbps. Relatório da consultoria
Opensignal divulgado hoje, 24, diz que 20,7% dos usuários de celular têm esta
velocidade média de acesso. Embora usuários de serviços 5G nas capitais brasileiras
navegam na internet pelo celular com velocidades acima de 250 Mbps, estes são,
segundo a Opensignal, parte dos apenas 0,6% que desfrutam de velocidades médias
acima de 100 Mbps.
A consultoria também analisou a qualidade da entrega de alguns serviços. Por exemplo, mediu a experiência média de uso de vídeo sob demanda no celular. Identificou que 18,2% dos assinantes móveis têm uma experiência “pobre” com vídeo. Em suma, significa que enfrentam altos tempos de carregamento dos vídeos, travamentos, e precisam se contentar com resoluções inferiores a 720p.
Apenas 6,8% dos brasileiros que usam internet móvel têm uma qualidade considerada “excelente” de interação com vídeo, o que quer dizer que assistem conteúdos em altíssima definição sem travamentos. A experiência de rede varia muito, de acordo com o estado em que o vive o cidadão. Roraima, Minas Gerais e Amazonas são os estados com maior contingente utilizando banda larga móvel com velocidade inferior a 10 Mbps. Mais exatamente, são 29%, 27,2% e 26% dos usuários, respectivamente.
Quando o recorte abrange operadoras, a Opensignal indica que a Vivo tem a maior proporção (21,9%) de clientes com velocidade de acesso inferior a 10 Mbps. A TIM tem 20,9% dos assinantes utilizando conexão de baixa velocidade, e a Claro tem 17,6%. A consultoria afirma que o consumidor tem mais predisposição a mudar de operadora quando considera a velocidade de acesso baixa. Assim, indica que a Vivo e a TIM têm mais risco de perderem clientes do que a Claro.
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A ameaça para uma operadora que esteja com rede lenta é maior quando o cliente utiliza eSIM, indicou em julho outro estudo da Opensignal. No caso Brasileiro, 19,7% dos clientes com eSIM mudaram de operadora no primeiro trimestre do ano, enquanto apenas 6,6% dos clientes com SIM Card tradicional migraram. Segundo a consultoria, os dados são extraídos de milhões de celulares que têm embarcados aplicativos com tecnologia de análise da qualidade da rede dos usuários da empresa.
Repórter: Telesíntese