Companhia projeta que 51% dos latino-americanos usuários de telefonia móvel tenham planos de quinta geração daqui a seis anos
01/12/2023Na América Latina, os planos de telefonia móvel em 5G só devem chegar a pelo menos metade dos usuários em 2029. Em relatório no qual aponta projeções de adoção da tecnologia, divulgado nesta quinta-feira, 30, a Ericsson indica que a quinta geração deve representar 51% das assinaturas latino-americanas de serviços móveis somente daqui a seis anos. “A adesão às assinaturas 5G tem sido lenta devido às dificuldades macroeconômicas na região”, diz a fornecedora, em trecho do documento.
Sem destrinchar estimativas por país, a Ericsson indica que, até o fim deste ano, a América Latina deve ter 28 milhões de assinaturas de 5G. O relatório ressalta, no entanto, que “muitos países da região estão em processo de leilão”, citando as licitações que ocorrem no Uruguai e na Argentina em 2023. Ainda este ano deve ocorrer o leilão das faixas destinadas à quinta geração móvel na Colômbia, enquanto o processo deve ser conduzido no Peru em 2024.
No material, a Ericsson destaca que o 4G continua crescendo na região. A projeção é de que o ano corrente termine com a adição de cerca de 20 milhões de assinaturas de LTE, de modo que a tecnologia alcance 75% das conexões móveis na América Latina.
Para se ter uma dimensão da adesão à quinta geração móvel, enquanto só daqui a seis anos pouco mais da metade dos usuários de telefonia móvel na América Latina terá uma assinatura de 5G, a tecnologia já representa 61% dos contratos na América do Norte. A expectativa é de que alcance 92% dos usuários naquela parte do mundo em 2029, assim como no Conselho de Cooperação do Golfo (integração econômica que reúne seis países do Golfo Pérsico).
Conforme o relatório da Ericsson, a penetração do 5G, em comparação com a América Latina, também deve ser maior na Europa Ocidental (85%), no Nordeste da Ásia (79%) e na região composta por Índia, Nepal e Butão (68%).
Com isso, em 2029, espera-se que a participação do 5G na telefonia móvel na América Latina seja maior do que na Europa Central e Oriental (50%), no Sudeste da Ásia e Oceania (42%), no Oriente Médio e Norte da África (41%) e na África Subsaariana (16%).
Repórter: Telesíntese