Existem mais de 246 mil assinantes de conectividade 2G ou 3G junto às montadoras do país, versus 998 mil de 4G ou 5G
05/12/2023Ao participar da consulta pública que trata do possível desligamento das redes 2G e 3G no Brasil, a Anfavea, entidade que representa montadoras, trouxe números relevantes sobre o mercado de veículos conectados. Informou que uma parte relevante deles utiliza redes dessas gerações. Mais exatamente, 19,81%, contrataram os serviços de conectividade oferecidos pelas montadoras.
“Mesmo após migração para um novo padrão tecnológico (4G/5G), os padrões antigos (2G/3G) continuam operando em veículos no campo por dependência tecnológica por muitos anos, assim como a responsabilidade das montadoras em prover peças de reposição e manutenção de serviços conectados”, afirma a associação.
Apresenta preocupação com possíveis ações judiciais em caso de descontinuidade dos serviços. “A Portaria/Normativa resultante desta Tomada de Subsídios deve incluir o direcionamento de como a questão da dependência tecnológica deverá ser tratada pelas empresas para evitar ações coletivas ou individuais dos consumidores, considerando o alto impacto de desenvolvimento, validação e uso de recursos que terão de ser providenciados pelos fabricantes de equipamentos de telecomunicações”, observa.
Com base nisso, a Anfavea propõe que o desligamento completo das redes 2G e 3G só aconteça após a chegada do 4G e do 5G a todas as cidades e após ampliação da cobertura nas estradas. O que significa esperar até 31/12/2029, em linha com as regras do leilão 5G.
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Também sugere que a responsabilidade de troca dos equipamentos dos veículos seja responsabilidade apenas do consumidor, e não das fabricantes dos equipamentos de telecomunicação. A seu ver, o custo dessa substituição é alto pois envolve mexer no sistema elétrico do veículo como um todo, não apenas no rádio ou na atualização de software.
“Além dos pontos acima, sugere-se que a Anatel regulamente o uso do VoLTE à regulamentação SMP, em aplicações M2M/IoT de modo que serviços de voz possam operar em 4G ao invés de usarem 3G. Dessa forma serviços legados no 2G e 3G, como SMS e voz por comutação por circuito, sejam suportados no 4G e 5G nas suas tecnologias atuais via IP”, defendeu.
Repórter: Tele.Síntese