<IMG alt="" hspace=3 src="http://www.acaert.com.br/images/stories/acaert-131006-03.jpg" align=left vspace=3 border=0>A 60 dias do início das transmissões de televisão com sinal digital, o sistema brasileiro não está preparado para ser muito mais do que uma imagem com qualidade de DVD.
03/10/2007Os recursos que tornam o modelo brasileiro o "melhor do mundo", segundo a indústria do setor, não vão chegar às casas da Grande São Paulo no dia 2 de dezembro. O padrão japonês foi escolhido, segundo o presidente da Eletros (associação da indústria eletroeletrônica), Lourival Kiçula, por permitir interatividade, mobilidade e portabilidade. O espectador pode enviar informações, comprar pela TV ou assisti-la em carros ou pelo celular, por exemplo. Mas a plataforma que permitirá a interatividade -o software Ginga- e as negociações com operadoras de telefonia para a conexão e a transmissão móvel não foram concluídas nem têm data para começar. "Isso [lançamento com tecnologia parcial] não é interessante para o consumidor", diz Daniel Kawano, analista de produto da Panasonic. Para ele, há mais chances de comprar um produto e logo ter de trocá-lo para receber outros recursos. A partir do dia 2 de dezembro, o espectador poderá, por exemplo, ver a escalação dos jogos e informações sobre a programação -a chamada interatividade remota-, por ser a base de informações enviadas pela emissora. Já comprar pela TV está descartado porque depende de conexão. "Se for realmente plena [a interatividade], será necessária a presença das operadoras [de telefonia]", afirma o vice-coordenador do módulo de mercado do Fórum Brasileiro de TV Digital, José Marcelo Amaral. O grupo tem representantes da cadeia como fabricantes de produtos e emissoras, e ajuda na implantação da TV digital. Segundo ele, as teles não conseguiram dimensionar os resultados que a TV móvel trará. Mas ele diz que as operadoras e os fabricantes de celulares foram chamados para discutir, no fórum, o uso de mais recursos na TV digital. Os bancos também devem ser, para viabilizar as compras via TV digital.
Fonte: Folha de São Paulo