Retração na compra de mídia no primeiro semestre no Brasil foi de 30 porcento

Levantamento é do Cenp-Meios que mostra queda em todas as mídias

09/09/2020

Os dados do Cenp-Meios, monitoramento realizado junto às maiores agência de publicidade do País pelo Conselho Executivo das Normas-Padrão (Cenp), totalizaram R$ 5,7 bilhões em compra de mídia no primeiro semestre de 2020, montante que passou pelas 213 agências certificadas que enviaram dados consolidados no período. O resultado é 30% menor que o aferido no primeiro semestre de 2019, quando 218 agências reportaram suas informações, sem considerar a inflação do período.

É importante ressaltar, que os valores somados pelo Cenp-Meios não representam o total do bolo publicitário brasileiro, pois incluem a movimentação financeira destinada à veiculação de publicidade que passa pelas agências certificadas pelo Cenp e participantes do projeto.

O reflexo do avanço global da Covid-19 foi sentido inicialmente na divulgação do Cenp-Meios relativa ao primeiro trimestre. Após visível diminuição na exposição dos anunciantes na mídia brasileira, os números mostraram queda de 22,3% no período de janeiro a março na compra de mídia que passou pelas 209 agências monitoradas, na comparação com o mesmo período de 2019, quando 214 empresas enviaram informações ao levantamento. Essa pequena diminuição de cinco agências na base das que remeteram seus dados ao Cenp-Meios não é relevante para influenciar no valor total, que caiu de R$ 3,8 bilhões para R$ 2,9 bilhões, entre janeiro e março.

Entretanto, a crise se agravou no segundo trimestre, quando a retração foi de 37%, na comparação dos R$ 2,8 bilhões somados de abril a junho de 2020, com os R$ 4,4 bilhões do segundo trimestre de 2019.

Todos os oito meios monitorados apresentaram quedas nas comparações dos primeiros seis meses de 2019 com os de 2020. Com boa parte das salas de exibição fechadas, o Cinema perdeu 64%. Os comportamentos nos demais meios foram: Revista (-48%), Jornal (-46%), TV por assinatura (-42%), OOH (-39%), TV aberta (-29%), Rádio (-28%) e Internet (-23%).

Em termos de share, a participação da TV aberta cresceu de 53,7% para 55% do bolo. E a da internet subiu de 20,2% para 22,4%. Por outro lado, a mídia OOH caiu de 10,9% para 9,4% do total. E a TV por assinatura também recuou seu share de 6,8% para 5,7%.

Veja na tabela abaixo a divisão das verbas por meio no consolidado do primeiro semestre de 2020:

 

Repórter: Meio & Mensagem

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