Tendências | Estimativas apontam um “aumento saudável” no investimento publicitário em rádio

Nos Estados Unidos, a publicidade terá um novo impulso entre 2021 e 2025, com crescimento na verba de anunciantes locais. Há semelhanças com o mercado brasileiro

24/03/2021


Uma estimativa atualizada pela Borrell and Associates sobre o mercado norte-americano pode dar uma pista para um futuro próximo no Brasil. Segundo a análise divulgada nesta semana, a publicidade terá um novo impulso entre 2021 e 2025, com crescimento na verba de anunciantes locais. É previsto um gasto de US$ 127,3 bilhões para este ano, ou seja, 7,3% acima do que foi observado em 2020. Para o rádio, a Borrell observa um "crescimento saudável" no investimento publicitário.

Na média, o rádio vai experimentar um crescimento de 6,9% em 2021 nos Estados Unidos, bem próximo da média geral de gastos por anunciantes locais. Mas a análise da Borrell chama a atenção para o crescimento desigual entre os mercados: algumas praças terão avanços de dois dígitos (até 20% em alguns casos), enquanto outros poderão experimentar uma certa estabilidade no investimento publicitário.

A análise também destaca dois pontos, um positivo e outro negativo. A boa notícia é de que um crescimento de 7,3% é considerado significativo, assim como os números aguardados para o rádio em 2021. E o lado ruim da história é que ele ainda não será suficiente para resolver a queda experimentada em 2020.

Segundo a Borrell, o mercado local de publicidade encolheu US$ 9,3 bilhões em 2020. Já para 2021, a previsão é que a publicidade local cresça US$ 8,6 bilhões, um aumento de 7,3%. Isso ainda deixa um déficit de US $ 700 milhões em relação à situação vivida em 2019. Setores como automotivo, restaurantes e imóveis devem puxar essa alta do mercado local de publicidade em 2021.

E a recuperação entre os mercados varia de acordo com a situação de cada cidade. A Borrell lembra que algumas cidades tiveram situação menos pior do que outras durante o auge da pandemia nos Estados Unidos. Há locais onde a falência de empresas foi mais presente do que em outros. E isso pode impactar no volume de investimentos em mídia nesta retomada.

E o Brasil?

 Alguns pontos dessa análise da Borrell podem ser traduzidas para o mercado brasileiro. Possivelmente, a dinâmica de retomada entre as principais regiões do país também pode ser diferente por aqui. Algumas cidades sofreram (ou ainda sofrem) mais do que outras com os impactos da pandemia do novo coronavírus, seja de ordem econômica ou sanitária.

É possível também que a recuperação aguardada para o mercado de rádio dos Estados Unidos em 2021 seja experimentada de forma mais clara no Brasil em 2022. Conforme já noticiado pelo tudoradio.com, a recuperação econômica está atrelada à vacinação, segundo expectativas de executivos do setor de rádio. E a situação norte-americana está mais adiantada que a brasileira. Para se ter uma ideia, já está previsto o retorno de grandes festivais de música nos EUA para o segundo semestre deste ano.

Repórter: Tudoradio.com

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