Segundo pesquisa feita pela Kantar IBOPE Media, 13 regiões metropolitanas do Brasil mostram que 83% das pessoas ouvem rádio com frequência
29/08/2022(Crédito: SET Expo)
O painel Rádio 100+ A Mídia, o Ouvinte e o Negócio, discutiu informações e visões sobre o futuro do rádio, especialmente frente à transformação digital. Marco Moretto, diretor na Rádio HOT107 FM e Membro do Conselho de Administração da AESP, mediou a conversa que se seguiu às apresentações dos convidados e lembrou: “Comemorar os 100 anos do rádio é iniciar o ano 101. Espero que ao celebrar seus 200 anos ainda esteja sendo tão importante quanto hoje, às vésperas do seu centenário.”
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Giovana Alcantara, diretora de Desenvolvimento de Negócios Regionais da Kantar IBOPE Media, abriu o encontro trazendo números que revelam como o rádio mantém sua força e como tem se transformado. “O rádio está unindo o melhor do dial com o melhor do online, se mantendo relevante para sua audiência”, afirmou.
Entre os números trazidos, vale destacar que uma pesquisa feita em 13 regiões metropolitanas do Brasil mostrou que 83% das pessoas ouvem rádio com frequência, sendo que 23% fazem isso por celular e 80% por aparelho de rádio convencional. De 2007 para 2022, cresceu em 20% a confiança do público no conteúdo entregue via rádio. Quando precisa de atualização rápida sobre alguma notícia, 43% das pessoas dizem recorrer ao rádio.
Sobre investir nos meios e formatos digitais, Alcantara reforçou: “As plataformas e formatos de mídia estão convergindo. É importante produzir conteúdo que vá estar disponível em vários lugares. Isso gera uma força muito grande para a marca e é o que faz com que hoje o rádio possa ser visto também como plataforma de negócios”.
A presença de Allen Chahad, head de Parcerias Estratégicas da Vibra Digital, que é a empresa do Grupo Bandeirantes responsável pelas estratégias digitais do grupo, mostra a importância desse tipo de iniciativa para se manter relevante e explorar as possibilidades do digital. Ele trouxe em sua apresentação o que considera temas relevantes que as empresas de rádio deveriam estar debatendo, como disputa por atenção, distribuição em multiplataforma, plataformas proprietárias e terceiras e cultura data driven. “O rádio tem um imenso potencial de retenção de atenção do público e sem estratégias de distribuição em multiplataforma estará perdendo audiência e deixando dinheiro na mesa”, afirmou Chahad.
Trazendo uma visão baseada em números que revelam a importância do áudio digital como mercado cheio de oportunidades, inclusive publicitário, Rodrigo Tigre, country manager da Entravision Cisneros Interactive disse que o áudio digital é a principal atividade de entretenimento na internet no Brasil, desempenho atingido ano passado, quando ultrapassou o vídeo.
Segundo ele, 89% dos internautas têm o hábito de ouvir música pela internet e que um comportamento surgido na pandemia tem sido relevante para esse segmento. “Na pandemia as pessoas passaram a perceber que precisavam de um descanso das telas, que estava presente na maior parte do dia delas, seja trabalhando, seja consumindo entretenimento. O áudio tem natureza multitarefa e por isso pode estar presente ao longo de todo o dia.”
Repórter: Assessoria de Imprensa SET Expo