Câmara norte-americana aprova lei com exigências
13/03/2024
Por que a lei foi proposta? Apesar de ser focada no TikTok, a legislação proposta afeta "aplicativos controlados por adversários estrangeiros" (entenda abaixo).
A ideia vem desde o governo de Donald Trump, que dizia que a
ByteDance representava um risco para a segurança do país porque a China poderia
se aproveitar do poder da empresa para obter dados de usuários americanos. A
controladora do TikTok nega esse risco.
Segunda a agência Reuters, o TikTok disse que espera que "o Senado americano considere os fatos e que escute seus eleitores" antes de tomar qualquer decisão. "Esperamos que eles percebam o impacto na economia, em 7 milhões de pequenas empresas e no 170 milhões de americanos que usam nosso serviço", disse um porta-voz do TikTok após o resultado.
Veja os principais pontos da lei:
Caso a lei seja aprovada também no Senado e sancionada por
Biden, a ByteDance deve encontrar um comprador em um período de até seis meses.
Esse novo dono não pode ter relação com a empresa chinesa.
Segundo o jornal The New York Times, a justiça americana pode punir as empresas que desobedecerem as novas regras contra o app chinês.
O TikTok está na mira de autoridades americanas desde o governo Trump. Em 2020, o então presidente tentou impedir que novos usuários baixassem o TikTok e planejava banir as operações do app, mas perdeu uma série de batalhas judiciais sobre a medida. Além do TikTok, o bloqueio incluiu o We Chat, uma espécie de "WhatsApp" chinês. A ByteDance negou as acusações de Trump, dizendo armazenar os dados de usuários norte-americanos fora da China: nos EUA e em Singapura.
Em 2021, Joe Biden assinou uma ordem executiva (uma espécie de decreto) que reverteu a decisão do antecessor de banir o TikTok e o WeChat. Mas determinou que o Departamento de Comércio do EUA investigasse como os aplicativos lidam com os dados dos usuários.
Repórter: G1