Brasil finaliza, com sucesso, migração para o sinal digital e abre caminho para a era da TV 3.0

Transmissão analógica chega ao fim ao mesmo tempo em que se aproxima a ‘TV do futuro’: mais moderna, tecnológica, imersiva e interativa

30/12/2025


Presente nos lares brasileiros há pouco mais de 75 anos, o sinal analógico de TV será completamente desligado nesta terça-feira (30), quando o Brasil conclui 100% da migração para o sinal digital.

A data é histórica e marca o fim de uma transição que perdurou por quase 20 anos. Desde que a TV Tupi foi inaugurada, em São Paulo, em 18 de setembro de 1950, o sistema analógico de transmissão foi, por muitas décadas, o principal meio de obtenção de informação, levando educação, cultura, prestação de serviço, notícia e entretenimento ao povo brasileiro.

O fim do sinal analógico é simbólico porque marca o início, também, de uma nova era da TV aberta: a TV 3.0, que representa um salto tecnológico e vai mudar, definitivamente, a maneira que as pessoas assistem à televisão, com um sistema interativo, imersivo, com maior acessibilidade, e melhor qualidade de som e imagem, além de muitos outros recursos que vão melhorar a experiência do telespectador.

O secretário de Radiodifusão do Ministério das Comunicações, Wilson Diniz Wellisch, afirmou que o período de transição demorou quase duas décadas porque o governo levou em consideração questões técnicas, econômicas, sociais e regionais.

“Procuramos garantir que ninguém saísse prejudicado. A TV foi e continua sendo o principal meio de comunicação do brasileiro e a intenção era garantir uma transição tranquila, para que nenhuma região do país ficasse sem cobertura ou desassistida”, afirmou Wilson.

Ele disse que o mesmo vai acontecer com a TV 3.0, cuja implantação também será de forma gradativa, permitindo que todos os brasileiros e brasileiras continuem acessando a TV aberta em todos os cantos do país, com redundância de sinais.

Quem não tiver acesso à TV 3.0 poderá continuar assistindo à televisão por meio do sinal digital. Os dois sistemas – a exemplo do que ocorreu com o sinal analógico – vão funcionar simultaneamente.

“Passada essa etapa do desligamento completo do sinal analógico, agora estamos olhando para o futuro, que é a TV 3.0: é imagem de cinema, som de cinema, infinitas possibilidades e integração com a internet. Não é só uma nova televisão, é um novo conceito. É o telespectador no comando das suas ações. Ele terá muito mais opções de interagir com o canal que estiver assistindo. A TV 3.0 é a TV mais conectada, mais inteligente e mais imersiva”, afirmou Wilson.

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Adiamento para o RS

Em junho deste ano, o Ministério das Comunicações prorrogou, exclusivamente para o estado do Rio Grande do Sul, o prazo para o encerramento das transmissões analógicas de TV aberta.

O adiamento ocorreu “em razão das consequências dos eventos climáticos adversos ocorridos em abril e maio de 2024”.

A portaria contemplou 74 cidades onde o sinal analógico ainda não havia sido desligado, e estendeu o prazo para o desligamento definitivo até esta terça-feira (30 de dezembro).

Com a finalização das últimas transmissões analógicas no Rio Grande do Sul, o Brasil conclui, de forma oficial, um período que ficará na história da televisão aberta – que por muitos anos foi extremamente importante para o povo brasileiro.

O que é a TV 3.0

A TV 3.0 representa a maior evolução da televisão aberta desde a digitalização. O novo padrão integra radiodifusão e internet em um ambiente totalmente baseado em aplicativos, substituindo os canais numéricos tradicionais. A implantação será gradual e começará pelas grandes capitais.

A tecnologia permitirá:

  • Experiência interativa e personalizada, com acesso a conteúdos ao vivo e sob demanda;
  • Serviços públicos digitais e novas funcionalidades de participação social;
  • Melhorias significativas na qualidade da imagem, com transmissões em 4K e 8K, HDR e cores mais vivas;
  • Som imersivo, ampliando a sensação de presença;
  • Recursos avançados de acessibilidade.

A TV 3.0 irá redefinir a forma como o brasileiro assiste à televisão, oferecendo ambientes digitais mais modernos, intuitivos e conectados.

Repórter: Mcom/ASCOM

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